Crónica de Jorge C Ferreira | O Jerricã

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] O Jerricã Olha o Jerricã da moda. Há para todos os gostos. Há no chinês e dizem que até na Av. da Liberdade nas lojas de luxo. Tudo de jerricã na mão. O País do jerricã. A depressão, a intoxicação, o malvado do gasóleo. As tristes octanas. Um Massacre. Uma autêntica violência sobre as mentes incapazes de reagir. As televisões a marcar o ritmo. Os repórteres, estagiários, espalhados pelas bombas de gasolina. Tudo nos cai em cima. Até o jerricã já está farto. O garrafão já não…

Ler mais

Crónica de Alexandre Honrado – Sentir, sentir; sentir sempre

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Sentir, sentir; sentir sempre   Só muito recentemente na história do mundo, digo que talvez há perto de 200 anos, o que é uma ninharia tendo em conta da idade do planeta Terra, uma percentagem muito pequena do ser humano aceitou designar o universo dos sentidos por oposição à razão, o que por outras palavras é o mesmo que dizer: passou a aceitar que a estética ocupava lugar nas nossas vidas e tinha uma dinâmica própria e necessária. Os pensadores, de modo…

Ler mais

Crónica de Jorge C Ferreira | Sentimento de Posse

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Sentimento de Posse Possuir. Ter. O sentimento de posse. A quase loucura. O sentir o outro como seu. A negação do amor. A inversão dos sentimentos. Um “click” e passa-se do que se julga amor ao ódio. O triste sentimento de propriedade. Isto é meu – a frase fatal. Não és minha/meu não és de mais ninguém – a frase letal. A primeira estalada. O falso arrependimento. O pedido de desculpa. A cama como falsa reconciliação. O perdão sem razão. O erro tantas vezes repetido. As marcas.…

Ler mais

Crónica de Alice Vieira | Cheiros perdidos

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] CHEIROS PERDIDOS Alice Vieira   Eu ia cheia de pressa. Acabada de chegar a Lisboa, depois de um maravilhoso mês na Ericeira, a disposição não era das melhores. Mas a voz da mulher na banca da fruta fez-me parar de repente. “Olhe as minhas maçãs, freguesa! Olhe que até cheiram e sabem a maçã!” Sorrio, acho graça a maçã saber a maçã, olho o vermelho da casca e acabo por sucumbir à tentação, qual Branca de Neve diante da malvada madrasta. E dou comigo a pensar no…

Ler mais

Crónica de Alexandre Honrado – Identidade para a diversidade

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Identidade para a diversidade   IDENTIDADE PARA A DIVERSIDADE Estou desnorteado     Não sou menos do que os outros, também eu me sinto desnorteado e com um medo intenso do que fazem em meu nome. Podia dar muitos exemplos, mas este é o mais universal: dizem-me que só temos onze anos para começar a inverter a curva de destruição do planeta, mas que são até agora ínfimos os esforços mobilizados para tarefa tão espantosa e tão desmesurado objetivo –  que requer…

Ler mais

Crónica de Jorge C Ferreira | Ventos

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Ventos Sopram ventos de quadrantes indefinidos. Sopram poeiras, areias, pedras e feitiços. Ventos que abanam os corpos inteiros. Ventos da vida toda. Barcos à procura de portos de abrigo. Pessoas à procura de uma casa segura. Chamam-lhe tempestade, ciclone, furacão. Dão-lhe um nome de mulher e dizem que têm olho. Ir ao olho do furacão. Ver o interior daquele reboliço. Desaparecer e aparecer no outro lado do mundo. A vertigem. A vontade imensa de ser herói e vítima. Atravessar a tempestade e dançar à chuva. A inclemente…

Ler mais

Crónica de Alexandre Honrado – O futuro é agora

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – O futuro é agora   Estudar cultura permite a porta aberta para quase todos os conteúdos, pois toda a produção humana, mesmo a mais medíocre, é eminentemente cultural e o que na ação humana parece excecional, redutor e lesivo – como o lucro e os mercados, a política como impedimento do progresso cívico, por exemplo – têm uma face cultural onde se refletem feições tão variadas que por vezes não distinguimos máscaras e sentimentos congelados ou esgares de dor, ironia ou impaciência.…

Ler mais

Crónica de Jorge C Ferreira | O Pão Nosso

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] O Pão Nosso O Forno, a lenha, o fogo, o calor. Amassar A massa a crescer. Fazer a barriga e as maminhas nas carcaças. A Pá enorme de madeira. Os cavaletes e os tabuleiros. Os panos brancos. O pão a sair quentinho. Que cheiro, que estalar. Esse pão que o meu Pai me ensinou. A Padaria era o meu reino. O pão branco e o pão escuro, o pão de segunda. O respeito enorme pelo pão. O pão sempre na mesa. Sem pão e vinho a mesa…

Ler mais

Crónica de Alice Vieira | Histórias na rua

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] HISTÓRIAS NA RUA Alice Vieira   O meu filho foi jogador de xadrez desde muito pequeno. Ia com a Federação a torneios e eu—num tempo pré-histórico ainda sem telemóveis…–“obrigava-o” a mandar-me um postal do lugar onde estivesse. O rapaz era muito cumpridor. Ficou conhecido na família—e eu trago-o sempre na minha carteira—um lacónico postal que me mandou de Coimbra: “Mãe: não tenho nada para dizer”. Se me recordei disso agora é porque, ao começar esta crónica, era exactamente  isso que me apetecia escrever. Às vezes, quando se…

Ler mais

Crónica de Alexandre Honrado – A paz que me falta

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – A paz que me falta   Não me apetece escrever. Não me apetece dizer nada. Vejo pela nesga de um olho aquele Trump europeu de cabeleira solta que acaba de ser formalizado como o novo primeiro-ministro inglês. Vejo imagens da criatura. Um comentador das imagens refere que é um sujeitinho que nem a brincar gosta de perder: e vê-se como, derrubando uma criança com brutalidade num jogo aparentemente inofensivo. Falo obviamente do líder do partido Conservador inglês, Boris Johnson já indigitado primeiro-ministro…

Ler mais