Folhetim por Licínia Quitério | Casa de Hóspedes (21º. Episódio)

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério   Casa de Hóspedes (21º. Episódio) Já se notam os dias mais pequenos, temos o Outono à porta, é o cair da folha, não gosto desta época, vem-me uma tristeza que não sei bem explicar, eu não, até gosto, se não fosse a minha alergia, as férias passam depressa, o que é bom dura pouco, não tarda temos o Natal, se quiserem mais roupa na cama, a minha coluna já começa a dar sinal, pois, cuidado, segure-se bem nas escadas que…

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Crónica de Jorge C Ferreira | Estórias da História

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Jorge C Ferreira | Estórias da História   Estórias da História Tanta estória contada. Tanta estória vivida. Tantos ecos ouvidos. Tanta fanfarronice. As estórias da história. A história que é lenda. A história para fazer heróis. O túmulo do soldado desconhecido. Milhares de viúvas. Velas e orações. Umas botas rotas, uma espingarda sem balas, umas pedras de outro mar. Um caixão vazio. As peregrinações, as promessas, as lágrimas de dor. Um coração oco. Uma pedra no lugar do músculo. Os que não conseguem verter uma lágrima.…

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Crónica de Alice Vieira | Agora não

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alice Vieira | Agora não   AGORA NÃO ALICE VIEIRA   Nestas vésperas de eleições (acalmem-se que eu sei que a esta hora já não se pode fazer propaganda) lembrei-me de uma antiga canção dos “Deolinda”, que bem podia ter sido utilizada por qualquer dos candidatos. Passo a explicar. Vivemos no país do logo-se-vê. Do pode-ser-que. Do em-princípio. A dificuldade que temos em tomar decisões já quase se tornou numa característica nacional. É qualquer coisa que deve estar nos genes. Diante de qualquer problema dizer…

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Crónica de Alexandre Honrado – Não me peçam silêncio

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Não me peçam silêncio   Nunca consegui escrever, ler, ou estudar, sem ruído de fundo. Preciso de janelas abertas, trânsito que chia, gente que se quer viva. Acuso-me. Não será um cérebro decente este que se exibe aos sons e se alimenta deles como um pardal faminto nas últimas pedras da calçada. Ligo “aparelhagens”. Oiço muito jazz. Tempero-me com emissões radiofónicas, onde as francesas acabam sempre por intrometer-se –, as francesas são uma tentação, pelo menos em formato radiofónico. Nesta fase a…

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Crónica de Jorge C Ferreira | Abriu a caça

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Jorge C Ferreira | Abriu a caça   Abriu a caça Os restos de nada. Os farrapos, os fiapos, os trapos. Um ermo sem fim. Um caminho sem destino. O pó e o transe. A ressaca, o cansaço, o corpo que treme. O fim da linha. Um corpo que não se vê ao espelho há anos. O ar hirsuto. As marcas que tenta esconder. As cicatrizes, as infecções, a quase putrefacção. Um destino sem destino. Entretanto abriu a caça. A caça ao voto. Os jantares,…

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Crónica de Alexandre Honrado – Em busca de Competência

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Em busca de Competência   A incompetência de Boris Johnson, Donald Trump, Jair Bolsonaro e, óbvia incompetência dos candidatos às eleições portuguesas, numa luta corpo a corpo a que, com graça, rádios e televisões chamam debates. Desfila a incompetência diante dos nossos olhos, deixa-nos atónitos, a uns, indiferentes a quase todos. O mundo está nas mãos de muito poucos. Sabemo-lo e encolhemos os ombros. É assim mesmo, deixámos que a coisa chegasse longe de mais. Ando pelas prateleiras cá de casa, tão…

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Folhetim por Licínia Quitério | “Casa de Hóspedes” (20º. Episódio)

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério   Casa de Hóspedes (20º. Episódio) Entristeceu a Adelaide na ausência do Gil, os dias pareceram-lhe meses, anos, lá no fundo temendo que, de regresso, ele não fosse já o mesmo, que menos entusiasmado lhe pareceu nos últimos encontros na Pensão Águia Branca, o ninho que ele tinha descoberto, modesto mas asseadinho, num alto da cidade, longe das vistas do mundo, intramuros, só conhecido de fre­quentadores furtivos, de clandestinos do amor. Na recepção, ele declarava o nome de José Silva e…

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Crónica de Jorge C Ferreira | Um Tempo Suspenso

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Jorge C Ferreira | Um Tempo Suspenso   Um Tempo Suspenso A mágoa. A dor que parece uma brisa permanente. A marca. O ferrete. O não conseguir compreender. O não ser capaz de esquecer. Os enigmas. O saber cada vez menos. O pensamento contínuo. O círculo vicioso. A arte da prestidigitação. O truque que sabemos que é batota, mas a que vamos assistindo. O tudo que habita o nada. Conseguir ir vivendo. A metade da cama fria. As paredes invisíveis. Os muros que ainda não…

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Crónica de Alice Vieira | Recordando um estranho amigo

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Recordando um estranho amigo Alice Vieira   RECORDANDO UM ESTRANHO AMIGO Alice Vieira   Às vezes basta uma palavra, um nome, um cheiro para de repente nos lembrarmos de coisas ou pessoas esquecidas há muito. Como todos os que por lá andam sabem, a Ericeira não tem uma livraria. É daquelas coisas que faltam naquele paraíso… Em tempos teve, mas acabou por fechar. Resta-nos a tabacaria do Jogo da Bola, onde se encontram todos os livros da sua excelente edição “Mar de Letras” (com muitos livros sobre…

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Crónica de Alexandre Honrado – O tempo de metamorfose em que não há amor

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – O tempo de metamorfose em que não há amor   Confesso que, com alguma pena minha, a frase que se segue já tem autor, aliás bem entregue à história dos melhores registos das ideias. É ele o poeta Pierre Réverdy e a frase, o poema, não se mede pelo tamanho, pois ganha vastamente em dimensão, e é assim: “não há amor, mas provas de amor”. Pode dar-se a dimensão que quisermos a esta afirmação. Repita-se a mesma: “não há amor, mas provas…

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