[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Elogio Do Pensamento Alexandre Honrado Historiador Emanuel Kant, filósofo alemão, cruzava a sua vida, iniciada em 1924, com a nossa, reles mortais que estudávamos no secundário no fim do século passado. Deixava-nos entre dúvidas profundas e uma angústia existencial, que só podia passar mais tarde ou com a leitura de Sartre e Foucault ou com o abandono puro e simples dessas inquietações juvenis, embora intelectuais. Várias coisas ficavam-nos, no entanto, cosidas na pele como uma tatuagem, depois de ouvir falar de Kant. Se uma delas era…
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Crónica de Jorge C Ferreira | Crises
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crises Caraças, máscaras, barretes, apitos, assobios, fingimentos, falsas elucubrações, pantominices, cortes de cabelo a rigor, gravatas da moda, fatos por medida e factos distorcidos. Cenários austeros para dar credibilidade à coisa. A falsa discussão. Discutir o acessório. Ter vergonha de discutir o principal. Porque o principal incomoda. O espectáculo a substituir a política. As acusações cruzadas. Todos a quererem sacudir a água do capote. Todos com culpas que não querem assumir. Fechar os olhos à realidade e seguir em frente. Esgrimir assuntos já muito batidos. As…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado | Pensar fora da caixa
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] PENSAR FORA DA CAIXA Um colega e amigo pergunta-me porque fui a Paris ver e ouvir os coletes amarelos e se não houve nisso uma certa soberba, um desafiar da sorte, um tirar apontamentos para aplicá-los mais tarde numa experiência que surja mais perto de mim. Depois de pensar um bocado – muito rápido, por sinal – disse-lhe que esta aparente curiosidade se resumia numa resposta breve: fui lá porque eles estavam lá. Quando Carl Gustav Jung, psiquiatra e psicoterapeuta suíço, fundador da psicologia analítica propôs…
Ler maisFolhetim | Casa de Hóspedes (7º. Episódio)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério Casa de Hóspedes (7º. Episódio) Não se pode dizer que o quarto independente fosse lugar isento de prevaricações, nomeadamente no tempo em que lá habitaram o Zeferino e o Gil, jovens estudantes, inteligentes, procurando avidamente o que a capital lhes podia oferecer, nas suas casas de vinho e miúdas, que o Zeferino referia, cofiando o bigode farto, o olhinho maroto a luzir. Cultivava um certo ar de filho pródigo a quem a mesada voava no mesmo dia em que chegava. Havia…
Ler maisCrónica de Jorge C Ferreira | Ghettos
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] “Ghettos” Tanto vazio no espaço da lenda maior. Tanta coisa que faz falta para decidir o destino. Tanto o que acontece e mata a ideia da vida já escrita. O desejo intenso de procurar o que nos alivia as dores. Tanto comprimido vendido que não serve para nada. Pague uma embalagem e receba duas. Mais uma imagem da nossa senhora de lado algum! Mais duas mil velas e um andor. O caminho da desgraça. O negro caminho. Nem uma luz, nem uma flor, nem uma gota…
Ler maisCrónica de Alice Vieira | O Psicólogo
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] O Psicólogo Alice Vieira Há muito tempo que não via a Lurdes, minha antiga colega de faculdade. Daí a gargalhada de ambas quando esbarrámos no café, e lá abancámos diante de uma bica, a pôr a vida em dia. Saltaram imediatamente fotografias e o relato fatal das gracinhas infantis. É então que ela me diz, apontando para a cara risonha do seu neto de três anos, “este até já anda no psicólogo”. Eu fiquei sem saber o que dizer, tanto mais que a Lurdes falara com…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado | A ação (e o desequilíbrio de alguns movimentos)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] A AÇÃO (e o desequilíbrio de alguns movimentos) A ação devia ser uma coisa benéfica. Devia ser o conceito orientador da mudança humana em cada sociedade em que se organiza – e devia mostrar quão dinâmico pode ser o Humano quando age, isto é, quando em ação. O aspeto social de todos os processos que nos movem devia ser uma prioridade dessa ação. Somos o que agimos, é certo, mas nada seremos se ao mesmo agir não soubermos juntar instrumentos e atos do pensar e…
Ler maisCrónica de Jorge C Ferreira | A vida e as vidas
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] “A Vida e as Vidas” A barba crescida. O cabelo enorme. Os caracóis. Uns óculos escuros de aros redondos. Umas calças esquisitas. Uma camisa de colarinhos enormes. As cores exuberantes. As botas de tacão alto. Mais dez centímetros de altura. A noite que também cresce. Aparece, como num sonho, a virtual avenida de todas as cores. Milhares de luzes que nos embebedam. Fugimos. Acordamos. Uma cave. Um refúgio. Uma estranha aventura por inesperados ghettos. Choros de guerras ainda por esquecer. Há uma senhora, muito velha, que teima…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado | A morte em congresso
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] A morte em congresso Prepara-se – e eu serei um dos “cúmplices” – a realização do I Congresso Internacional: a morte – leitura da condição humana, aprazado para o período mediado entre os dias 21 e 24 de fevereiro de 2019 (e com encontro físico no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães). O tema impõe estremecimentos e para muitos algum distanciamento, porque mais vale ignorar do que encarar, pensam alguns. Serão mais de 100 comunicações, onze áreas temáticas, contar-se-á na oportunidade a presença de representantes de vários…
Ler maisFolhetim | Casa de Hóspedes (6º. Episódio)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério Casa de Hóspedes (6º. Episódio) O Sr. Mário era o hóspede mais antigo lá de casa. O mais antigo e também o mais velho. Foi ali parar quando o casamento de décadas não aguentou mais. Ao falar da mulher, tinha tremores nas mãos e gestos desordenados. Se era raiva, ou ódio, ou desamor, só ele saberia. Indiferença é que não era, a avaliar pela firmeza com que apertava e tornava a apertar o nó fininho da gravata. Ainda cumpria o seu…
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