[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Jorge C Ferreira | Tempos inquietos Tempos inquietos Insinuante. Um olhar que trespassa muros e paredes. Um caudal de sedução. Uma mulher que podia ser uma estátua de um escultor de beldades. Tudo perfeito no que os nossos olhos vêem. As pernas cruzadas e enroladas uma na outra. Uma boquilha enorme. Um cigarro. Uma explosão de fumo. Tudo naquela sala é estudado ao mínimo pormenor. Tudo é de um tempo em que o belo se mostrava no mais pequeno detalhe. Um tempo em que…
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Crónica de Alexandre Honrado – Falemos de sexo (ou a geringonça nunca existiu)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Falemos de sexo (ou a geringonça nunca existiu) Há palavras que dão prazer, embora algumas sejam surpreendentes de tão originais. E olhem que eu sou dos que fica surpreendido e não surpreso, por mera convicção resistente à moda de cá e com o devido respeito aos verbos permissivos. Podia listar uma centena de palavras assim, prazerosas, uma centena pelo menos. Ocorre-me porém um grupo singelo, uma troika. A saber: clitóris – não terá discussão, embora creia que a alguns sugira buscas…
Ler maisFolhetim por Licínia Quitério | “Casa de Hóspedes” (19º. Episódio)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério Casa de Hóspedes – 19º. Episódio Chegou o dia de Dona Júlia arranjar coragem para, a propósito de nada, perguntar ao Sr. Mário, o senhor desculpe, eu não tenho nada a ver com a vida dos meus hóspedes, desde que respeitem a minha casa o resto é lá com eles, mas anda a fazer-me impressão saber que o senhor está fora da sua casinha, da sua família, nunca lhe perguntei, mas tem filhos, não fique assim, Sr. Mário, foi só…
Ler maisCrónica de Jorge C Ferreira | Saber Ver
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Jorge C Ferreira | Saber Ver Saber ver. Aprender a contemplar. Imaginar a vida para lá do que vemos. Como se chega aqui? Como vamos lidar com toda esta informação? Saber que se tem um amor do outro lado do mundo e não saber o lugar, a morada. Ter toda a vida por escrever. O destempo. O desespero. Chegar ao inimaginável lugar e abrir os braços ao novo vento. Sítios que não vêm nos mapas, nem nos globos com lâmpadas que iluminam as terras…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Não sou o único a olhar os céus
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Não sou o único a olhar os céus Os antigos gregos chamavam a estrelas, planetas e cometas “os ornamentos dos céus”, céus no plural. Os mais cultos – e eram-no muito -, acumulavam sabedoria e viam nos céus fórmulas explicáveis; um dia perceberam que os elementos não giravam num círculo – mas numa elipse! – e que dependiam de forças físicas para o fazer. A posterior revolução do intelecto foi tão intensa que produziria efeitos até aos nossos dias. Foram os…
Ler maisCrónica de Jorge C Ferreira | Travessas, travessuras, travesseiros e travessões
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Travessas, travessuras, travesseiros e travessões As travessas do cabelo. As travessas que a minha avó Ana e minha tia/avó Emília não dispensavam. O tempo dos carrapitos e dos cabelos enormes das mulheres desse tempo. Mulheres sábias e resistentes. As gestoras eficazes das curtas férias. As travessas de loiça que apareciam quando os tachos não iam para a mesa. O sabor e o cheiro daquelas comidas tão belas de quentes. Comidas feitas pelas mãos da ternura. Nos dias da travessa a comida parecia ter um sabor diferente. Tantas…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Antes que perca a memória
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Um dos temas mais delicados que se me apresentam como motivo de análise cultural é o tema da memória – no singular – e das memórias – no sentido das heranças do que fica, na memória implícita e explícita, em suportes variáveis e registos variados, para o longo prazo das nossas evocações pessoais e coletivas. A memória explícita é expressa com a linguagem; regra geral é intencional. Partilhamos o que recordamos após selecionado e é-lhe implícito, a essa evocação, um móbil (um motivo), o que significa que,…
Ler maisCrónica de Jorge C Ferreira | O ódio, a inveja
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] O ódio, a inveja O Ódio. Essa nódoa imensa que, por vezes, atinge as pessoas. O ódio que faz mal a quem o anda a ruminar. O ódio que desgasta mais quem odeia do que quem é odiado. O ódio, a doença que necessita de tratamento. Tratamento urgente. Tratamento que necessita de continuidade em virtude das recidivas. Muito ódio é sublimado a partir da inveja. Nesta terra de invejosos a coisa abunda. A inveja que deprime. Rasga o corpo por dentro. Uma infinita danação. Ter inveja…
Ler maisCrónica de Alice Vieira | Agosto em Lisboa
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] AGOSTO EM LISBOA Alice Vieira Neste Agosto lisboeta parece que toda a gente desapareceu da cidade. Pelo menos da minha rua. Cafés fechados, restaurantes fechados. Amigos e netos longe. Um deserto. Às vezes , para espairecer, limito-me a sair de casa e andar a dar voltas ao quarteirão. Voltava eu para casa numa tarde dessas quando ele apareceu na minha frente, sorrindo: –Posso dar-lhe uma palavrinha? Até tremi. Normalmente quando alguém aparece na minha frente e me aborda dessa maneira, é para me prevenir de que…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Outra vez a saudade de Lourenço
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Outra vez a saudade de Lourenço Recordo, sem a precisão necessária, a frase de Eduardo Lourenço, creio que no seu “O Labirinto da Saudade”, discurso crítico sobre a imagem que os portugueses somaram de si ao longo dos tempos, que li numa edição de antes de abril de 1974 – porém muitos anos depois, já eu tinha idade para ler coisas mais adultas (riso). No livro, e tirada de contexto, há uma frase que me ficou, onde Lourenço fala de “uma…
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