Crónica de Jorge C Ferreira | Ruas e vidas

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Jorge C Ferreira | Ruas e vidas   Ruas e vidas Sinais que chegam como se viessem de astros distantes. A Lua a fazer caretas à terra. Uma rua inventada por mágicas mãos. A rua de todas as criações. Candeeiros de alumiar coisas por inventar. Árvores decoradas com bolas de cristal. Uma colorida estrada. As vias rápidas para alguma suposta felicidade. Sinais numa língua escrita com pontos e traços luminosos. A grande aventura pronta a começar. Que filme este! Que estória tão exuberante! Passeia-se gente…

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Crónica de Alice Vieira | Palavras de Inverno

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alice Vieira | Palavras de Inverno   PALAVRAS DE INVERNO Alice Vieira   Quem me conhece sabe que sem cafés não vivo. Sobretudo em dias de chuva. Nos dias de chuva a vida complica-se, os transportes chegam atrasados e a abarrotar, as pessoas tornam-se (mais) impacientes e zangadas,  e há sempre um automobilista que passa rente ao passeio e nos encharca da cabeça aos pés. Então a mesa de um café é um oásis de paz, que nos ajuda a acreditar que vai haver sol…

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Crónica de Alexandre Honrado – Ficção ou realidade?

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Ficção ou realidade?   Tenho escrito muita ficção, é um apanágio, uma sina, como agora se diz um karma, e tenho falado de ficção em mais de mil sítios, umas vezes por isto, outras por aquilo e às vezes até a propósito da mais bela coisa nenhuma. Um colega do jornalismo – repórter fotográfico que andou pelo mundo com a máquina a tiracolo, de um lado, e comigo, tantas vezes, do outro – fez-me duas perguntas que não esqueço. Infelizmente, ele já…

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Crónica de Jorge C Ferreira | Medos

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Jorge C Ferreira | Medos   Medos Suspiros. Ais. Desgostos imensos. Sonoros choros. Tudo antes que a vida se despeça de alguém. Malfeitorias danadas. Dizem que são artes de mulheres muito antigas feitas com rezas, benzeduras e outros artefactos que nem ouso referir. Mulheres vestidas de roupas largas e escuras. Mulheres capazes de abraçar pias baptismais e tentar envenenar toda a água benta. Tudo isto me era contado num telhado em noite de lua cheia. Eram estórias inventadas por mentes criativas e dadas ao gozo…

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Crónica de Alexandre Honrado – Fotos do matadouro

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Fotos do matadouro   O trabalho do historiador esbarra em alguns muros altos. O primeiro é capaz de ser o da sua própria formação, daquilo que manteve herdado dos seus ascendentes – dos laços de parentesco aos mestres que mais o influenciaram – e da cultura que sedimentou como sua. O olhar individual, por mais crítico e abrangente, por mais desejoso de abarcar o todo, o mundo em geral e as suas especificidades, fica prisioneiro dessa cultura que o identifica e condiciona.…

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Crónica de Jorge C Ferreira | Livros e Ruas

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Jorge C Ferreira | Livros e Ruas   Livros e Ruas O coração aos saltos. Um livro a ferver. Gente que chama gente. Um medo sem medo. A vida a continuar. Tanta coisa a tratar. Tanta coisa a contar. Tanta coisa por contar. As páginas a encolherem. As letras cada vez mais pequenas. As ideias, as ideias a saltarem e a sumirem-se num jogo de enganar. Quantos espaços. Os espaços dos silêncios que muitos não entendem. O fim que se faz difícil. O desejo que…

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Crónica de Alice Vieira | Ainda as pessoas estranhas

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alice Vieira | Ainda as pessoas estranhas   AINDA AS PESSOAS ESTRANHAS Alice Vieira     Há umas semanas falei aqui, como sendo uma pessoa estranha, do jornalista Felix Correia, nazi assumido e das melhores pessoas que conheci. Hoje é uma história um pouco ao contrário dessa. Estava eu a tomar o pequeno almoço no “meu” café, quando se chega uma jovem, aí pelos seus trinta anos, que me disse: –Não se lembra de mim, claro, chamo-me Leonor, e tinha para aí quatro ou cinco…

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Crónica de Alexandre Honrado – O animal que mais falhou

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – O animal que mais falhou   Um animal que falhou enquanto animal. Eis uma nova definição do ser humano. Estonteado pelas formas autofágicas de cultura, essa outra forma específica que relevou da sua capacidade de contrariar a natureza e distanciar-se dela, como se fosse dono do planeta, é agora um ser perturbado, procurando acumular valores enquanto perde os valores que o podiam resgatar. Um animal – pela definição, um ser organizado, dotado de movimento e de sensibilidade – que perdeu ou adulterou…

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Crónica de Jorge C Ferreira | Cansaços e Beldades

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Jorge C Ferreira | Cansaços e Beldades   Cansaços e Beldades  Correm leves as mulheres para o fim do mundo das águas por descobrir. Tempos repetidos em histórias nunca filmadas. Só quem viu aqueles corpos nus, esbeltos, o pode contar. Os homens sentados e entregues ao seu pasmo, não acreditavam no que viam. Que liberdade tão bela. Que corpos tão ansiosos. O amor por acontecer. Ele deita-se no divã e deixa-se ir. Fala sem parar. Apenas algumas pequenas interrupções da mulher que o ouve. Diz…

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Crónica de Alexandre Honrado – Chega… para lá e leva o outro

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Chega… para lá e leva o outro   CHEGA… PARA LÁ E LEVA O OUTRO     Berrar, a plenos pulmões, Fascismo nunca mais! Com a tristeza de constatar que falhou o eco da velha frase O Fascismo não Passará! Falhou porque as palavras, que podem por vezes ser demolidoras, são ao mesmo tempo pequenas entidades frágeis e carentes. Falhou porque somos acomodados. Ora damos aos filhos o jogo eletrónico ora lhes negamos os livros, porque são “uma seca” e a criança…

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