Crónica de Alexandre Honrado – Movimento ecologia e diversidade

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MOVIMENTO ECOLOGIA E DIVERSIDADE

 

Um grupo de pessoas e eu abeirei-me a elas. Um grupo de pessoas que resolveu conjugar vozes em torno de uma ideia. E como as ideias não devem ser estáticas, para não correrem o risco de se tornarem voláteis como ideias líquidas ao sol, passaram a chamar-se movimento.

Estamos, todavia, rodeados de movimentos. Muitos não agem, nem mexem, mas o nome exibe-se.

O que distingue então este Movimento, para lá da vontade de movimentar-se? O ser um movimento com o nome e o conteúdo urgente de Movimento Ecologia e Diversidade. Para movimento bastará mover-se, creio. Para atuar no mundo incendiado e enregelado da Ecologia deve munir-se de armas intensas.

A Ecologia é disciplina científica. A definição apresenta-a como a especialidade da biologia que estuda o meio ambiente e os seres vivos que vivem nele, ou seja, é o estudo científico da distribuição e abundância dos seres vivos e das interações que determinam a sua distribuição.

O ecologista, no entanto, é um militante. É um ambientalista. É um defensor da casa comum – o Planeta! – que tem sofrido e hoje como nunca as agressões mais aviltantes e na maior parte dos casos irreversíveis.

Recordo como há anos, sempre que aparecia uma voz a defender pontos de vista a favor do

ambiente, um coro ingrato vaiava, apontava o dedo, usava a fórmula: tinha de vir aí um eco chato. Pois se não tivermos a pretensão de fazer de cada um de nós um eco chato – chatérrimo! -, se não pusermos em movimento todos os nossos recursos, a única casa comum que temos à disposição estará condenada a um fim sem glória e a todos os títulos doloroso.

Apoiar um movimento de ecologia é entrar numa trincheira bombardeada: das grandes indústrias aos grandes ignorantes, com Donald Trump como símbolo, os inimigos estão à vista. Finalmente, este Movimento ainda fala da Diversidade. Esta equivale ao respeito e à aceitação das diferenças culturais.

Fala-se de variedade de culturas antrópicas (lá vai mais um palavrão), porque têm a ver diretamente com o ser humano e ainda em relação à forma como se relaciona (age e modifica) com o meio ambiente.

As diferenças que nos unem são as da linguagem, as das danças, as do vestuário, as da alimentação e da organização da sociedade que só vai lá estando em movimento, capaz de intervir ecologicamente e feito, sem dúvida, de diversidade.

Depois conto mais.

 

Alexandre Honrado
Historiador

 


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