[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] “NATAL” As luzes. As árvores iluminadas. Uma roda gigante. Tudo tão terreno. Toda uma ilusão passageira. A correria. Bolas iluminadas, gente dentro delas. Os telemóveis em riste. As “selfies”, ficar no meio da luz. A incandescente maneira de estar. Cansaços. Sacos saquinhos e sacolas. Fitas, laços e laçarotes. Os embrulhos em papel especial. Nós no meio deste embrulho. Uma azáfama que cansa. Comprar e oferecer a inutilidade. O desvario de não saber parar para pensar. Há crianças a chorar com medo de um Pai Natal mal ataviado.…
Ler maisEtiqueta: Jorge C Ferreira
Crónicas de Jorge C Ferreira | Caminhadas
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Caminhadas Temos sempre caminho pela frente. Por vezes apenas um passo. Uma curta viagem. Outras vezes vidas que se contam em léguas, milhas, quilómetros. O mundo inteiro no bolso. Um mapa todo riscado. Um globo que faz girar a nossa cabeça. Ser peregrino, andarilho, caixeiro viajante, vagabundo. Percorrer vidas e estradas sem saída. Chegar perto de um santo, de um deus, de uma iniciática aventura. Amar uma bruxa à roda de uma fogueira. Experimentar o sabor de todos os venenos e resistir. Beber um cálice de absinto,…
Ler maisCrónicas de Jorge C Ferreira | Quartos
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Quartos O quarto crescente. O quarto minguante. O quarto de viver. A renda do quarto em atraso. O frio da rua. O dinheiro que não chega. A lotaria que só sai a quem tem dinheiro para jogar. O casino da Santa Casa. A raspadinha da moda. Barata e de prémio imediato. O santo engano. O malvado do dinheiro. Os livros lidos na biblioteca municipal. O papel reutilizado. Um lápis afiado com uma faca manhosa. Molhar o bico negro do lápis na língua. A escrita a fluir. Mais…
Ler maisCrónicas de Jorge C Ferreira | Noites
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Noites A noite perdida. A noite desencontrada. A falsa noite. O erro nos cálculos da vida. Um calor que nos engana. Os candeeiros apagados. Uma rua sem luz. O desabrigo. A falta que o que falta nos faz. A dor que falece. Outra vida que aparece. Os viadutos da desgraça. A velocidade incontrolada. Uma pressa para o nada. Ter olhos para a noite. Conhecer as sombras e as esquinas. De repente, uma navalha que se incendeia num corpo. O tempo de todos os crimes. A sirene das…
Ler maisCrónicas de Jorge C Ferreira | Estes tempos
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Estes tempos Estes tempos de perder mundos e princípios. Este galgar de consciências apodrecidas. Estes sem-fim cada vez mais perto de nós. Vamos andando e falando para quem não nos ouve. Por vezes apetece desistir. Dizem-nos que o tempo é outro. No entanto a terra continua a rodar da mesma maneira. Nós continuamos por cá! Aparecem pensamentos muito antigos a armar ao novo. Aparecem as botas cardadas. As fardas ensanguentadas. Os capitães do nada. As balelas mal contadas. A força da falsidade. Os pontos cardeais a chamarem-nos…
Ler maisCrónicas de Jorge C Ferreira | Notas soltas
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Notas soltas Tantas são as coisas com que nos querem atormentar! Guerras de gangues. Suicídios. Homicídios. Mortes lentas. Solidão. Violência doméstica. Assaltos à mão armada. Corpos massacrados. Marcas para a vida. Hospitais. Exames forenses. Polícias. Algemas. Nomes estranhos. Uma discussão contínua. Os tabloides vendem os crimes logo pela manhã. Já não há ardinas para os anunciarem. Há quem os leia nos barbeiros, tascas, cafés e os discuta ferverosamente. Escorre sangue pelos ecrãs das televisões. Não há esfregona que chegue para limpar tantos restos de crimes. Há uma…
Ler maisCrónicas de Jorge C Ferreira | Que Tempos!
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Que Tempos! Jantar. Escolher e vestir a roupa mais indicada. O perfume. Sair. Ir direito ao café de todos os encontros. Procurar e esperar que nos procurem. Uma, duas bicas e muita conversa. A cabine telefónica. A necessidade de moedas. As namoradas e as não namoradas. As caras novas e o querer entrar no grupo. Havia quem fosse jogar bilhar noutro café. Havia quem se predispusesse a outros ambientes. Todos amigos. Todos juntos. Os corpos, os corpos. Outro café. A inesperada tentação. O inesperado convite. Aceitar e…
Ler maisCrónicas de Jorge C Ferreira | Namoros
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Namoros O outro lado da vida. O outro lado do ser. Um outro ser. Tudo a acontecer numa rapidez que faz tremer. Abanam os alicerces do que nunca se construiu. Cansam-se as cabeças que nunca pensaram. Um jogo e um tabuleiro roubado. Um xadrez que fica bem na saia de uma colegial. A porta das escolas femininas. Os rostos afogueados. Os risinhos nervosos. Até domingo na missa das dez. O acólito, a alva, o cordão, o turíbulo, as galhetas, a água e o vinho. A missa em…
Ler maisCrónicas de Jorge C Ferreira | Aprendizagens
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Aprendizagens A sabedoria, os sabores, os caminhos, o que não se esquece, o que se cola ao nosso viver. Como sabe bem aprender. Aprender a vida, num carrossel muito antigo. Tudo a andar à volta. A girafa com o seu enorme pescoço, um cavalo com brilhantes e crina colorida, um burro que tudo carrega e outros desassossegos. Tanta gente a andar à roda num burburinho que a música abafa. Ouve-se e não se percebe. Um desafio constante. O querer conseguir. A fantasia, os sabores inventados, a vida…
Ler maisCrónicas de Jorge C Ferreira | Coisas Antigas
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Coisas Antigas Este tempo de pensar. O aconchego de uma vida. Um livro que nos emociona. As dores da escrita. Uma vela e um ritual muito antigo. Uma escrivaninha e a gaveta de todos os segredos. Um anjo, muito antigo, com a mão partida. Um anjo louro. Um anjo que a minha Mãe me deixou. Um café que não é habitual. Quatro amigos à conversa. As viagens e os difíceis caminhos. Tudo o que não se espera e acontece. O amigo que tem de voltar para o…
Ler mais