[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Uma Luta de Santos Alice Vieira Se há coisa que particularmente me tira do sério são os festejos de S. Valentim, no dia 14 de Fevereiro. As lojas atulhadas de coraçõezinhos de todos os tamanhos e feitios, de feltro, cetim, seda, riscado, flanela, eu sei lá que mais, e pelo meio o branco dos ursinhos de peluche cheios de dísticos no mais puro português, “Be My Valentine!”, “Hug Me!”, e canecas com “ I Love You” em toda a volta. Devo dizer que não tenho nada…
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Crónica de Alice Vieira | O Psicólogo
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] O Psicólogo Alice Vieira Há muito tempo que não via a Lurdes, minha antiga colega de faculdade. Daí a gargalhada de ambas quando esbarrámos no café, e lá abancámos diante de uma bica, a pôr a vida em dia. Saltaram imediatamente fotografias e o relato fatal das gracinhas infantis. É então que ela me diz, apontando para a cara risonha do seu neto de três anos, “este até já anda no psicólogo”. Eu fiquei sem saber o que dizer, tanto mais que a Lurdes falara com…
Ler maisCrónica de Alice Vieira | Festas em Família
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Festas em Família Alice Vieira A única vez que me lembro de me ter zangado mesmo a sério com amigos foi já há muitos anos quando, depois de me convidarem para passar o fim do ano com eles, ligaram a televisão e estiveram o tempo todo de olhos cravados no écran para ver se, num determinado concurso muito popular, que terminava nesse último dia de Dezembro, o vencedor iria ser quem eles queriam que fosse. Mal sabia eu que, muitos anos depois, com iphones e ipads e…
Ler maisCrónica de Alice Vieira | O Anjo
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] O Anjo Alice Vieira Naquele tempo os homens da Costa Nova saíam cedo de casa e demoravam muito a regressar. Iam todos para a pesca do bacalhau, lá nos confins do Mar do Norte, e as mulheres ficavam com todo o peso da vida às costas—a casa, os filhos, os parentes velhos, e ainda a pequena horta de que era preciso tratar. Eram mulheres fortes. Havia mesmo quem dissesse que eram mulheres duras, sem voz nem vagar para um carinho, um mimo, um afago. As crianças…
Ler maisCrónica de Alice Vieira | O meu Pai Natal
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] O meu Pai Natal Alice Vieira O Pai Natal é um velho de barbas brancas, que vem num trenó puxado por muitas renas, e deita os presentes pelas chaminés abaixo. Mesmo nos prédios de muitos andares, que não têm chaminé. É esta história que faz as delícias de miúdos e graúdos e em que, evidentemente, nem miúdos nem graúdos acreditam—mas fazem muito bem de conta. Porque é esse o papel que se lhes pede: que representem nesta altura Devo dizer, no entanto, que, na minha infância,…
Ler maisCrónica de Alice Vieira – Recordações de Novembro
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Recordações de Novembro Alice Vieira Talvez tenha sido por causa desta chuva, deste mau tempo, destes dias cinzentos com a noite a ameaçar às quatro da tarde, ou talvez não tenha sido por nada disso—o certo é que ,ao começar a escrever esta crónica, dei comigo a recordar duas datas ainda e sempre muito dolorosas para mim. Por motivos diferentes, e a magoarem também de maneira diferente. No dia 30 de Novembro de 1975 morria, no Brasil, Erico Veríssimo. É provável (é quase certo…) que este…
Ler maisCrónica de Alice Vieira | A propósito de orquídeas
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] A propósito de orquídeas Alice Vieira Com toda a gritaria que vai por aí, com a prisão de Bruno de Carvalho a tomar de assalto todas as estações de televisão (e notícias perfeitamente bombásticas, tipo “acordou às 7 horas” , ou “sai da cela para fumar”…) decidi impermeabilizar ouvidos e olhos a todo o arraial e ficar a olhar para as minhas orquídeas. Qual Nero Wolf das Avenidas Novas. Claro que hoje já ninguém sabe quem era o Nero Wolf. Os ingénuos romances policiais, de detectives…
Ler maisCrónica de Alice Vieira | Falando de cafés
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Falando de cafés Alice Vieira Mário de Sá Carneiro escreveu um poema—talvez dos mais conhecidos—dedicado à sua mesa de café. ”Minha mesa no café/ quero-lhe tanto…A garrida/ toda de pedra brunida/que linda e fresca que é // Sobre ela posso escrever/ os meus versos prateados/ com estranheza dos criados/que me olham sem perceber….” E por aí fora. Lembrava-me sempre destes versos de cada vez que me sentava à mesa do “Toninho”,o café mesmo em frente da minha casa. Também eu queria muito à minha mesa—embora fosse…
Ler maisCrónica de Alice Vieira | Amor com Amor se Paga
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Amor com Amor se Paga Alice Vieira Por esta altura, mas há dez anos, eu estava na Suécia. Mais exactamente na Feira do Livro de Gotemburgo. Eu ia receber um prémio pela edição sueca da “Flor de Mel”, e outros autores portugueses também por lá andavam, cada qual com os seus motivos. Entre eles o Richard Zimler, a apresentar a edição sueca de um dos seus livros. Não se pode dizer que a adesão do público à minha presença ali e ao meu livro estivesse a…
Ler maisCrónica de Alice Vieira | Fim do Ano em Outubro
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Fim do Ano em Outubro Alice Vieira Nunca me lembro de ter pensado no mês de Dezembro em termos de fim do ano. Para mim, durante anos e anos (e um pouco ainda hoje, em função do trabalho que faço) só havia anos lectivos e, nos meus tempos de criança e adolescente o ano começava em Outubro e acabava em Julho – e entre eles seguiam-se uns meses de ninguém em que nada acontecia, a não ser umas leves e brevíssimas paixonetas, uns quilos a mais,…
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