Crónica de Alexandre Honrado Solução para a calvície Caem-me cabelos, não há qualquer espanto. A primeira vez que encontrei um punhado de cabelos (meus), exilados, prontos a partir, foi numa escova (de cabelo) de dentes arrepiantes. Nessa altura eu estudava Cartagena ou as andanças de Alexandre macedónio pelo mundo. Podem fazer uma ideia de há quanto tempo foi, basta fazer as contas. Não há pegadas dessas caminhadas de Alexandre, a menos que um travo diluído do Médio Oriente nas velhas culturas ocidentais seja o que resta do hálito…
Ler maisEtiqueta: Alexandre Honrado
Crónica de Alexandre Honrado – E a guerra aqui tão perto
Crónica de Alexandre Honrado E a guerra aqui tão perto Muitos dos que hoje estendem a mãozinha em revivalismo político têm as unhas sujas de ignorância e não de folhear livros profundos ou de pesquisarem no Google alguma ideia aproveitável. O autoritarismo (somado ao decadentismo) russo, colocou a outrora grande potência mundial numa situação amarga e a reclamar mobilização de novos recursos para se afirmar nas páginas da história do século XXI e até no pequeno capítulo que escreve, solitário e hipócrita diante dos seus povos que têm…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Eleições e aleijões
Crónica de Alexandre Honrado Eleições e aleijões Muitos dos que hoje estendem a mãozinha em revivalismo político têm as unhas sujas de ignorância e não de folhear livros profundos ou de pesquisarem no Google alguma ideia aproveitável. Não creio que algum deles tenha lido seja o que for, ou que saiba quem foi Rudolf Hess, Borman ou Goebbels – ou figuras igualmente nojentas da história mundial. Mesmo esses nomes que agora cito não eram ninguém, pois limitavam-se a ser paus mandados de um louco, um ponto fulcral, a…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – 27 de janeiro – e todos os dias!
Crónica de Alexandre Honrado 27 de janeiro – e todos os dias! Parece muito redutor afirmar que há um lado humano do bem e um lado oposto, desumano, do mal, como se fossemos peças de um jogo de apenas duas cores ou dois matizes, deslizando sobre quadrículas numa guerra quase infinita e sem regras, um jogo de demência e de dementes, onde cada um de nós se esquece, por vezes, de que pode ser muito mais do que um mero peão, um joguete, um carneiro para a degola,…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Falta de chocolate (ou assim)
Crónica de Alexandre Honrado Falta de chocolate (ou assim) Não sei se alguma vez eu tivesse estudado se, no passado, me dissessem que na escola a venda e o consumo do chocolate era proibido. Sei que com outras drogas pesadas, a começar pelo sal e enumerando tantas outras igualmente letais e tão queridas pelo sistema capitalista, o chocolate provoca distúrbios de saúde, não tanto pelo cacau mas muito mais pela manteiga e pelo açúcar que fazem parte dos seus aliados assassinos. Mas, do mal o menor, o chocolate…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – O pior vírus que anda por aí
Crónica de Alexandre Honrado O pior vírus que anda por aí A política é uma pequena parte da experiência humana. Já alguém escreveu que não é uma ciência exata, mas uma ciência triste. Precisa de apoio, precisa de quem lhe dê crédito e todavia desacredita-se e desequilibra-se sem necessidade de grande empurrão ou contraditório. Cresci a seguir debates políticos, antigamente os líderes eram carismáticos e enchiam ecrãs e colunas de som, mas foi esmorecendo o encanto que eu encontrava nos debates. Cheguei mesmo debater – e o cansaço…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Uma palavra que nunca te direi
Crónica de Alexandre Honrado Uma palavra que nunca te direi Apaga-se o sentido crítico. É a atmosfera que dá origem à sensibilidade. Medite-se – verbo que requer disponibilidade – sobre a vídeocracia e a angústia sufocante dos primeiros anos do século XXI. Desejámo-lo portador de esperanças, utopias messiânicas que nos pareciam devidas depois de o século XX ter matado milhões de seres humanos, destruindo o lado mais afável que as ideologias podiam conter. Regressámos a modelos medievais incultos, populistas e variavelmente fundamentalistas; à revisitação de uma matriz que…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Festas Felizes (para mim)
Crónica de Alexandre Honrado Festas Felizes (para mim) Não é por tradição, talvez por nostalgia, dou comigo nesta quadra do ano a refletir. Normalmente fico a contemplar uma fita de luzes coloridas, dessas que fazem de uma árvore natural um encantamento humano. Até nisso há uma tremenda carga cultural, somos pródigos em esconder a natureza com a nossa ânsia de luz. Fico a refletir, dizia, enredado em memórias, exorcizando erros e demónios, dialogando com os entes amados, sobretudo com os que partiram – procurando enfeites de esperança num…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Balouçar até ao último enjoo
Crónica de Alexandre Honrado Balouçar até ao último enjoo Um grande balouço. Um balouço enorme. Sobe ao ponto mais alto que o impulso lhe permite e desce tão profundamente que chega a parecer um ponto irrecuperável, desses dos quais não se retorna facilmente. É o balouço da vida tal como a entendo agora. Nada tem limite, e a vida de cada um é como o Cosmos, aparentemente sem princípio nem fim, com tremendos buracos negros e destinos inusitados. E sendo Cosmos é a poeira ínfima de cada um.…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Negacionismo essa forma de nos limitar a liberdade
Crónica de Alexandre Honrado Negacionismo essa forma de nos limitar a liberdade Foi uma referência feita por Alexandra Prado Coelho, anunciando que dará a conhecer, no Fugas do Jornal Público, uma história – espero-a com a ânsia que move sempre os curiosos viciados em coisas boas – sobre Salma Al Farouki, que recordei Roger Garaudy. Salma Al Taji Al Farouki é a viúva do filósofo francês, com o qual protagonizou um caminho ativo, por exemplo, para difundir a cultura do al Adalus, sobretudo como marca essencial da paisagem…
Ler mais