[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – O futuro é agora Estudar cultura permite a porta aberta para quase todos os conteúdos, pois toda a produção humana, mesmo a mais medíocre, é eminentemente cultural e o que na ação humana parece excecional, redutor e lesivo – como o lucro e os mercados, a política como impedimento do progresso cívico, por exemplo – têm uma face cultural onde se refletem feições tão variadas que por vezes não distinguimos máscaras e sentimentos congelados ou esgares de dor, ironia ou impaciência.…
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Crónica de Alexandre Honrado – A paz que me falta
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – A paz que me falta Não me apetece escrever. Não me apetece dizer nada. Vejo pela nesga de um olho aquele Trump europeu de cabeleira solta que acaba de ser formalizado como o novo primeiro-ministro inglês. Vejo imagens da criatura. Um comentador das imagens refere que é um sujeitinho que nem a brincar gosta de perder: e vê-se como, derrubando uma criança com brutalidade num jogo aparentemente inofensivo. Falo obviamente do líder do partido Conservador inglês, Boris Johnson já indigitado primeiro-ministro…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Movimento ecologia e diversidade
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] MOVIMENTO ECOLOGIA E DIVERSIDADE Um grupo de pessoas e eu abeirei-me a elas. Um grupo de pessoas que resolveu conjugar vozes em torno de uma ideia. E como as ideias não devem ser estáticas, para não correrem o risco de se tornarem voláteis como ideias líquidas ao sol, passaram a chamar-se movimento. Estamos, todavia, rodeados de movimentos. Muitos não agem, nem mexem, mas o nome exibe-se. O que distingue então este Movimento, para lá da vontade de movimentar-se? O ser um movimento com o nome e…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – A morte de um cavalo
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – A morte de um cavalo Morreu um cavalo. É claro que nos títulos da imprensa mais atenta, o cavalo não tem o lugar mais destacado. Outro tipo de apelos sobrepõe-se à vida perdida do pobre animal, arrastado para o sítio errado em hora errada. Noite de terror, momentos dramáticos, mais sangue na arena do que estava previsto e é da tradição. Dois cavaleiros tauromáquicos a receberem assistência, mais um novilheiro, que “sofreu uma aparatosa voltareta”, outros, até espetadores no recinto…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Eu (Envenenado)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Envenenado Há uma diferença enorme, com um lugar vazio de premeio, entre a emoção e o sentimento. Há também na relação de escalas uma diminuição registada entre a capacidade que temos de gerir, interpretar, comunicar emoção e o sentimento, que nutrimos, que sentimos que partilhamos, ou não, porque se paga caro a indiferença e o desgaste da habituação. Não sentimos o que sentíamos, há uma dúzia de anos atrás, porque nos desabituámos do sentir e assim a dor, o amor, a…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Estamos desarmados
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Recordo muitas vezes a frase de Gilles Deleuze: “não é caso para temer ou esperar, mas sim procurar novas armas”. Recordo-a aceitando que essas armas, aludidas em contexto certo, não são as do foguetório dos Trump e dos Bolsonaro, aceitando todavia que os povos não devem andar armados – embora devam pegar em armas em nome da insurreição pela justiça que merecem-, nem são também as armas do Irão e dos enriquecimentos (do urânio e da conta bancária), nem dos fundamentalistas que prolongam na fraqueza e no…
Ler maisAlexandre Honrado – Sébastien Bohler e o nosso cérebro
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Alexandre Honrado | Sébastien Bohler e o nosso cérebro Já repeti muitas vezes (e em tantos contextos) que numa linha conservadora de interpretação da cultura, a que mais amiúde produzimos e reproduzimos e onde alicerçamos os nossos universos, em especial brandindo aquilo que queremos impor aos outros só porque nos consideramos detentores de algum valor que aos outros possa interessar, o que é uma estupidez sem cura, já disse e repito que encontrar alguém capaz de pensar“ fora da caixa” produz em mim um efeito…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado | Imagens que ardem
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Imagens que ardem Ouvi há dias a uma garota um raciocínio simples e angustiante que ela, todavia, mostrava com grande segurança e convicção: “fui àquela entrevista de emprego, fizeram-me umas perguntas, escrevi um texto, e consegui o lugar. O que eu disse foi a gaguejar, o meu texto era péssimo, nunca tive jeito para escrever nada, mas ia linda, muito bem maquilhada, e eles deram valor à imagem”. Nos imensos patamares de valoração dos mais diversos universos culturais, a imagem conta…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Michel Serres
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Michel Serres No meu passado extremista e inquieto, cheio de asneiras e impulsos, não cabia Michel Serres. Estavam lá outros, é certo, mais aguerridos, mais intervenientes, mais engajados, daqueles que desferiam pensamentos que assobiavam como flechas. Faziam dobrar as ideias políticas, riam-se dos descalabros económicos, enquadravam o social, desmitificavam o género, o sexo, o sucesso, eram cultura de manhã à noite. Não era importante para quem estava à minha volta que eu me munisse deste ou daquele, que preferisse os mais…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – A Democracia a Moribundar-se
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Se por estes dias escrevêssemos o obituário da democracia portuguesa andaria próximo de um exercício de um assassínio póstumo de reputação. Então, os legítimos democratas sairiam maltratados, os que por ele se revestem de peles de cordeiro de um regime que os acoita, sairiam mal vistos, os que aprenderam na pele e na prática que a Democracia é o último reduto da celebração humana, ficariam arredados do epitáfio. E todos os que deram a vida, a saúde, a alma para que nós pudéssemos ser mais do que…
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