Inauguração da remodelação do quartel dos Bombeiros da Malveira [Imagens]

Bombeiros Voluntários da Malveira

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Na presença do corpo de bombeiros da Malveira (BVM), dos órgãos de gestão da associação que os suporta, do presidente e dos vereadores da Câmara de Mafra, dos presidentes de junta cujas populações são servidas pelos BVM e de representantes da estrutura nacional da proteção civil e dos bombeiros, realizou-se ontem a inauguração da remodelação do quartel dos Bombeiros da Malveira.

Em setembro de 2017, ao fim de 45 anos de serviço nas instalações do antigo quartel – onde chovia em alguns dos espaços, onde as camaratas, sobretudo das mulheres, eram exíguas, onde o parque de viaturas necessitava de ser ampliado, onde a instalação elétrica e as estruturas de comunicações e de segurança necessitavam de ser modernizadas – foi apresentado o projeto de ampliação e renovação do quartel dos BVM.

As obras iniciaram-se em abril de 2018 e os Bombeiros da Malveira foram alojados num quartel provisório, soubemos ontem que se tratou de instalações emprestadas por um banco nacional, até abril de 2019, altura em que as obras ficaram concluídas e os bombeiros anunciaram o seu regresso ao seu remodelado quartel.

O valor total deste investimento orçou 1 101.578,00 €.

Das muitas intervenções que ocorreram nesta sessão, de destacar as declarações Miguel Oliveira, o comandante dos BVM, quando afirmou que “os apoios concedidos pelo estado [na remodelação das instalações] são manifestamente insuficientes, na medida em que não cobriram metade do valor investido“.

Também de notar, as declarações de Carla Galrão relativamente às soluções financeiras encontradas para que tivesse sido possível realizar as obras ora inauguradas. A solução passou por uma candidatura a fundos europeus, no quadro do Programa Portugal 2020, através do programa operacional PO SEUR, “a que se juntaram outros financiamentos vindos da Câmara Municipal de Mafra, de empresas e particulares que responderam às campanhas de donativos e angariação de fundos, entretanto lançadas e também recorrendo a financiamento bancário obtido através da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mafra“.

Já o Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Macedo Fernandes afirmou que este não foi um projeto fácil, mas que ficaram aqui patentes as sinergias que têm de existir no sistema de proteção civil, um sistema que, disse, não existe sem o apoio dos municípios, referindo ainda, que “olhando para aquilo que foi a pandemia, é óbvio que o sistema de proteção civil respondeu, e respondeu porque os municípios foram o motor dessa resposta […] podemos hoje afirmar que este trabalho de sinergia salvou a vida de muitos portugueses“.

Hélder Sousa Silva, Presidente da Câmara Municipal de Mafra mostrou-se satisfeito por ter perante si uma pequena assembleia a assistir às suas palavras, algo que por via da pandemia, há muito que não acontecia. Num discurso laudatório dos esforços dos bombeiros, da proteção civil e das direções, a anterior e a atual, da associação que suporta os BVM, Hélder Silva felicitou o arquiteto que fez o projeto desta remodelação, Carlos Rui Sousa, de resto um ex-funcionário da sua própria câmara, tendo aí desempenhado as funções de Coordenador da Divisão de Planeamento e Ordenamento do Território, entre janeiro e dezembro de 2010, sendo que já desde novembro de 1992 trabalhava na empresa RRCRS arquitectos, empresa que sucedeu à RRCRS – Rui Rosa & Carlos Rui Sousa, Arquitectos, Lda.

Hélder Silva dirigiu-se depois “para todo o país” apelando à revisão do modelo de organização que enquadra os corpos de bombeiros, defendendo que também estes venham a ter um comando, direção ou presidência autónoma de nível nacional, como já acontece com as restantes estruturas de proteção civil, de modo que pudessem ser eles a gerir questões relacionadas com o recrutamento, formação, carreiras, financiamento e profissionalização.

Exige-se do estado equidade no tratamento de todos os seus agentes” foram palavras de Hélder Sousa Silva, Presidente da Câmara Municipal de Mafra.

Particularmente notado o tom em que Hélder Silva se dirigiu ao Comandante Miguel Oliveira, no final da sua intervenção, “já lhe disse e volto aqui a dizer, o comandante é o farol que necessita ter sempre a luz brilhante e cintilante para que os seus homens e as suas mulheres saibam o caminho que devem seguir. Desejo que mantenha sempre a luz e a chama acesa, é disso que os seus homens e mulheres precisam”.

 

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