[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Estes tempos Estes tempos de perder mundos e princípios. Este galgar de consciências apodrecidas. Estes sem-fim cada vez mais perto de nós. Vamos andando e falando para quem não nos ouve. Por vezes apetece desistir. Dizem-nos que o tempo é outro. No entanto a terra continua a rodar da mesma maneira. Nós continuamos por cá! Aparecem pensamentos muito antigos a armar ao novo. Aparecem as botas cardadas. As fardas ensanguentadas. Os capitães do nada. As balelas mal contadas. A força da falsidade. Os pontos cardeais a chamarem-nos…
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Crónica de Alice Vieira | Amor com Amor se Paga
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Amor com Amor se Paga Alice Vieira Por esta altura, mas há dez anos, eu estava na Suécia. Mais exactamente na Feira do Livro de Gotemburgo. Eu ia receber um prémio pela edição sueca da “Flor de Mel”, e outros autores portugueses também por lá andavam, cada qual com os seus motivos. Entre eles o Richard Zimler, a apresentar a edição sueca de um dos seus livros. Não se pode dizer que a adesão do público à minha presença ali e ao meu livro estivesse a…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado | Brasil desencantos mil
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] BRASIL DESENCANTOS MIL Se tudo correr bem, Jair Bolsonaro, um obscuro político de fim de sala, um soldadinho de chumbos inexpressivos, será o novo presidente do Brasil. A sua eleição será um momento glorioso. A extrema-direita, no seu pior modelo, sairá à rua a celebrar, fará contas às armas e aos caixões que irá vender, guardará a sete chaves os processos de corrupção onde são protagonistas e pintará de cores berrantes a fachada da fábrica de fabricação de provas com que conseguiu chegar ao topo…
Ler maisCrónicas de Jorge C Ferreira | Notas soltas
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Notas soltas Tantas são as coisas com que nos querem atormentar! Guerras de gangues. Suicídios. Homicídios. Mortes lentas. Solidão. Violência doméstica. Assaltos à mão armada. Corpos massacrados. Marcas para a vida. Hospitais. Exames forenses. Polícias. Algemas. Nomes estranhos. Uma discussão contínua. Os tabloides vendem os crimes logo pela manhã. Já não há ardinas para os anunciarem. Há quem os leia nos barbeiros, tascas, cafés e os discuta ferverosamente. Escorre sangue pelos ecrãs das televisões. Não há esfregona que chegue para limpar tantos restos de crimes. Há uma…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – A pensar no Brasil e na extrema direita contra o Paraíso
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] A pensar no Brasil E na extrema direita contra o Paraíso “Com efeito, pergunta à geração precedente e está atento à experiência dos seus antepassados, pois nós somos de ontem e não sabemos, pois os nossos dias sobre a terra são uma sombra, não são eles que te instruirão, que te falarão e que, do seu coração, extrairão palavras?” Job, VIII, 8. Escrevo isto a olhar para os resultados eleitorais no Brasil, onde um pequeno Hitler de opereta consegue liderar resultados e chegar à frente…
Ler maisFolhetim | Desvairadas gentes (9º. E último episódio)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério DESVAIRADAS GENTES (9º. E último episódio) Quando a Felismina viu o marido, de cabelo desalinhado, a assomar à fresta da porta da casa daquela perdida, o sangue subiu-lhe todinho à cabeça, trepou o lance de escadas a dois e dois, entrou em casa, foi direita à gaveta grande do armário, pegou na faca grande de desossar e gritou, gritou, desalmadamente, enquanto esfaqueava, repetidas vezes, a porta fechada à pressa, por trás da qual tremiam, como varas enquanto verdes, um barbeiro baixinho…
Ler maisCrónicas de Jorge C Ferreira | Que Tempos!
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Que Tempos! Jantar. Escolher e vestir a roupa mais indicada. O perfume. Sair. Ir direito ao café de todos os encontros. Procurar e esperar que nos procurem. Uma, duas bicas e muita conversa. A cabine telefónica. A necessidade de moedas. As namoradas e as não namoradas. As caras novas e o querer entrar no grupo. Havia quem fosse jogar bilhar noutro café. Havia quem se predispusesse a outros ambientes. Todos amigos. Todos juntos. Os corpos, os corpos. Outro café. A inesperada tentação. O inesperado convite. Aceitar e…
Ler maisCrónica de Alice Vieira | Fim do Ano em Outubro
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Fim do Ano em Outubro Alice Vieira Nunca me lembro de ter pensado no mês de Dezembro em termos de fim do ano. Para mim, durante anos e anos (e um pouco ainda hoje, em função do trabalho que faço) só havia anos lectivos e, nos meus tempos de criança e adolescente o ano começava em Outubro e acabava em Julho – e entre eles seguiam-se uns meses de ninguém em que nada acontecia, a não ser umas leves e brevíssimas paixonetas, uns quilos a mais,…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – A grande dificuldade de ser humano (isto sou eu a pensar, não deve interessar-vos)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] A GRANDE DIFICULDADE DE SER HUMANO (isto sou eu a pensar, não deve interessar-vos) A meditação do homem sobre si – e nada mais do que isto. É quase inútil escrever sobre este tema, dada a grande dificuldade de ser humano. E tudo piora com o desafio do “conhece-te a ti mesmo”, que chega a ser aterrador. Os universos culturais (mais ou menos diferenciados entre si) radicam, nos seus alicerces desejavelmente fortes, na construção de figuras, erguendo imaginários próprios e, com maior extensão, elaborando mitos…
Ler maisCrónicas de Jorge C Ferreira | Namoros
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Namoros O outro lado da vida. O outro lado do ser. Um outro ser. Tudo a acontecer numa rapidez que faz tremer. Abanam os alicerces do que nunca se construiu. Cansam-se as cabeças que nunca pensaram. Um jogo e um tabuleiro roubado. Um xadrez que fica bem na saia de uma colegial. A porta das escolas femininas. Os rostos afogueados. Os risinhos nervosos. Até domingo na missa das dez. O acólito, a alva, o cordão, o turíbulo, as galhetas, a água e o vinho. A missa em…
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