[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] ESCORNAR À FORÇA TODA Parece que o termo surge na Grécia, onde lendas como a do Minotauro o incluíam fartamente: escornar. Significa ferir ou atingir com os cornos, ato defensivo/ofensivo do animal ameaçado quando provido desses apêndices de cabeça. Também significa escorrer, escorregar, noutras utilizações menos agressivas. Por generalização, aparece em alguns textos com o significado de escorraçar ou desprezar. Edward B. Tylor definiu cultura como “todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os…
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Folhetim | Casa de Hóspedes (9º. Episódio)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério Casa de Hóspedes (9º. Episódio) A Dona Júlia aproveitou a hora do jantar para informar os hóspedes sobre as cerimónias fúnebres do vizinho de baixo. Que o corpo já estava desde as sete da tarde na casa mortuária da igreja de Santa Marta, que fecharia à meia-noite, que achava muito bem, não havia necessidade de ficarem ali toda a noite como se fazia antigamente. O Sr. Mário até acrescentou que era um sacrifício para os vivos e que nada adiantava…
Ler maisCrónica de Jorge C Ferreira | Cartas de uma vida
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Cartas de uma vida Passeava na avenida grande em todos os sentidos. Era raro parar. Carregava entre as mãos papéis amarelecidos. Escritos em letra feminina. Algumas letras desmaiadas. Cores variadas. Seriam estados de espírito? Por vezes interpelava as pessoas e perguntava de quem era determinada carta. Ele que, antigamente através da escrita conseguia decifrar a pessoa e o seu sentir, tinha desaprendido a ler. Esqueceu as letras e os nomes. Esqueceu-se de si. Tinha coisas muito antigas que, por vezes, lhe atormentavam a cabeça. Tudo o que…
Ler maisCrónica de Alice Vieira | Violência Doméstica
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Alice Vieira Já há uns tempos que falei aqui de violência doméstica, mas acho que nunca é demais voltar a abordar o assunto—até porque as estatísticas são cada vez mais assustadoras. Há dias ia eu quase a chegar a casa e, na minha frente, seguia um casal já meio entradote. Ela falava, falava, falava, numa voz baixa e monocórdica, mesmo eu, que seguia atrás deles, não conseguia perceber o que ela dizia. De repente ele começa a berrar:: “cala-te! Já não te posso ouvir, …
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado | Da antiga Grécia com amor
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] DA ANTIGA GRÉCIA COM AMOR Foi muito provavelmente a migração – a necessidade de andar de um lado para o outro – e os combates pela sobrevivência, de todas as espécies, do simples procurar de alimento ao confronto físico para o obter – que pôs em confronto, mais do que os homens, as suas ideias. As superstições orientais tornaram-se débeis, e a ocidente os mitos estremeceram até perderem o seu lugar na imaginação. Os conflitos práticos, por exemplo entre os trabalhadores da terra e os seus…
Ler maisCrónica de Jorge C Ferreira | Um jardim de manhã
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Um jardim de manhã Um jardim, um banco e uma vontade. Uma manhã de sol. Uma guitarra e uma música. Jogam às cartas os senhores do costume. A bica servida em chávena cheia. Uma água para avivar os lábios. Um sujeito que toca viola. Um dedilhado que sabe a renda. Outro fulano tenta arranjar palavras que se encaixem na música. A rima, a métrica e um pássaro que poisa, no banco, a escutar a melodia. Assim se pode fazer uma canção. Fecharam o museu. Levaram os quadros.…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado | Não há para onde fugir
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Em sentido lato somos todos refugiados. Ou pelo menos os nossos antepassados o eram, deixando-nos a herança como um destino a cumprir sempre. Fugidos de ataques climatéricos, da fome e do desconforto, todos os seres vivos tendem a procurar melhor abrigo e local onde ficar. Mas raramente se permanece – e o para sempre é, regra geral, uma etapa do provisório. Com as tecnologias produziram-se muitos atalhos, chega-se mais depressa, sabe-se com maior rapidez, embora se chegue muitas vezes atrasado ao que realmente queremos ou devíamos querer…
Ler maisFolhetim | Casa de Hóspedes (8º. Episódio)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério Casa de Hóspedes (8º. Episódio) Quem havia de dizer, um homem que parecia vender saúde, na força da vida, eu nem quero acreditar, não somos nada, a vida são dois dias, coitada da família, coitado dele que vai para o barroco, quem cá fica governa-se. Não é bem assim, a Adelaide é nova, a miúda está uma mulherzinha, o miúdo é que ainda está atrasadito, tudo tem remédio menos a morte, parece que estava a adivinhar que a vida não durava…
Ler maisCrónica de Jorge C Ferreira | Estranhezas
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Estranhezas I “No Espelho” “Serei da ordem lunar do espaço errante…” (Maria Teresa Horta-Estranhezas. Pag. 16) Escrever porque a beleza de outras palavras celebra a vontade de ser Porque há voos de poetisa que nos fazem descobrir asas escondidas Verso a verso Ilusão a ilusão Golpe a golpe as espadas em punho um encanto que cresce A poetisa por vezes feiticeira As palavras por vezes fogo O corpo sempre corpo O fulgor sempre inteiro Meia-noite e uma fogueira Assim seguimos as mãos dos mágicos…
Ler maisCrónica de Alice Vieira | Uma Luta de Santos
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Uma Luta de Santos Alice Vieira Se há coisa que particularmente me tira do sério são os festejos de S. Valentim, no dia 14 de Fevereiro. As lojas atulhadas de coraçõezinhos de todos os tamanhos e feitios, de feltro, cetim, seda, riscado, flanela, eu sei lá que mais, e pelo meio o branco dos ursinhos de peluche cheios de dísticos no mais puro português, “Be My Valentine!”, “Hug Me!”, e canecas com “ I Love You” em toda a volta. Devo dizer que não tenho nada…
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