Lançamento do Livro Jorge C Ferreira “O Mundo E Um Pássaro” Antologia de crónicas do autor publicadas no Jornal de Mafra [Imagens]

  Decorreu ontem nas instalações da Brotéria em Lisboa, o lançamento de “O Mundo E Um Pássaro”, o novo livro de Jorge C Ferreira, escritor e cronista, que colabora com o Jornal de Mafra desde a primeira hora. Este novo livro, publicado pela editora “poética” é uma antologia das crónicas do autor publicadas no Jornal de Mafra entre 2014 e 2018. Apresentado por Alice Vieira, escritora consagrada e também cronista no Jornal de Mafra, contou com a presença de muitos(as) fãs e amigos(as) do autor, este livro terá seguimento em…

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Crónica de Licínia Quitério | Falar sozinho

  De ontem e de hoje – Falar sozinho por Licínia Quitério   Fala muito sozinho, em casa, sem que ninguém o oiça, só o King, cão de raça, cão bonito, fiel como se diz de um cão ou de um criado, sempre obediente às ordens, vem cá King, vai King, quieto King, senta King, deita King, muito mais obediente do que qualquer criado, útil, com aquele olhar de eterno mendigo, só mesmo o King para lhe ouvir os disparates e não os contar a ninguém. Que pode um homem…

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Apresentação do livro “O MUNDO E UM PÁSSARO (crónicas)” de Jorge C Ferreira

  No próximo sábado, 3 de dezembro, irá decorrer em Lisboa o lançamento da obra “O MUNDO E UM PÁSSARO (crónicas)” de Jorge C. Ferreira. Jorge C. Ferreira publica, desde 2014, uma crónica semanal no Jornal de Mafra, sendo algumas dessas crónicas que dão agora origem a este novo livro do autor. A apresentação da obra estará a cargo da consagrada escritora e também cronista do Jornal de Mafra, Alice Vieira. Data: 3 de dezembro Hora: 16h00 Local: Lisboa, Brotéria (R. São Pedro de Alcântara 3) “Escrever. Resta-nos escrever. Um…

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Crónica de Jorge C Ferreira | Uma oliveira na Azinhaga

Jorge C Ferreira

  Uma oliveira na Azinhaga por Jorge C Ferreira   Uma oliveira na Azinhaga. Uma árvore ou um sinal? Uma casa térrea. O analfabetismo num país sem rumo. Os velhos sempre sábios. As letras a aparecerem da terra e das pedras. O campo e o seu duro trabalhar. Aprender a ver a vida desde pequeno. A injustiça sentida em cada acto da força bruta. Saramago, planta herbácea, planta que dá flor. Coisa de crescer e se fazer ver. Saramago nome que foi dado a alguém que não sabia qual ia…

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Crónica de Alice Vieira | Tradições da Ericeira

Alice Vieira

  Tradições da Ericeira Por Alice Vieira Algumas pessoas cá da terra pediram-me que falasse aqui—era realmente o lugar adequado–de algumas tradições da Ericeira. Eu não sou especialista da história da Ericeira—mas elas ainda eram menos… Vamos começar talvez pela palavra “jagoz” que é nome que se dá a alguém que é natural da Ericeira. É evidente que tudo isto é um supônhamos, porque certezas, certezas ninguém tem. Diz-se que foi o primeiro nome da Ericeira, e vem do tempo dos fenícios. Mas na Idade Média,  já apareciam referências à…

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Crónica de Alexandre Honrado – Ódio

Alexandre Honrado

  Crónica de Alexandre Honrado Ódio   Má educação conduz ao beco escuro, fétido, pobre, da má cidadania. É aí que entre ecos e murmúrios se ouve normalmente o discurso do ódio com mais acutilância, mas de lá emana para todos os lugarejos, aldeias, vilas e cidades, como se de uma pandemia mortal e vergonhosa se tratasse. Eu disse que voltava, e volto, a ocupar-me com o tema o discurso do ódio, e já depois de ter iniciado a minha reflexão vejo-me rodeado, sem espanto, de múltiplas notícias com origem…

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Crónica de Jorge C Ferreira | O Meu Nome É Gal

Jorge C Ferreira

  O Meu Nome É Gal por Jorge C Ferreira   “O Meu Nome É Gal”. Foste Índia. Foste a voz da canção para Gabriela. Gabriela a que Sónia Braga deu corpo e lascívia. Sónia mulher desejo e que, neste país, foi idolatrada. Foste essa “Força Estranha” que nos inebriou. Foste uma das vozes dessa maravilhosa turma da Bahia. Com Caetano, Bethânia e Gil ajudaste a modificar a música que nos fez sonhar. O Tropicalismo. Esse movimento que nos entusiasmou. Movimento que englobou a música, as artes plásticas, o cinema…

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Crónica de Alexandre Honrado – Em torno do discurso do ódio

Alexandre Honrado

  Crónica de Alexandre Honrado Em torno do discurso do ódio   Minorias políticas são por vezes tentadas a usar o discurso do ódio como solução parcelar e parcial dos seus dissabores e frustrações. É o que notamos, em crescendo, nas redes sociais, nalguns pontos rotineiros de encontro, em palcos que insultam as plateias e as desdenham. Em democracia os que hoje governam amanhã serão governados, a alternância permite a respiração do sistema e a passagem pelo crivo de muitas tentações não democráticas, como as de tornar o poder totalitário…

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Crónica de Licínia Quitério | Que linda falua

  De ontem e de hoje – Que linda falua por Licínia Quitério   Era assim a cantilena das meninas, no pátio da escola : ”Que linda falua que lá vem, lá vem, é uma falua que vem de Belém. Eu peço ao Senhor Barqueiro que me deixe passar, tenho filhos pequeninos não os posso sustentar. Passará, não passará, algum deles ficará, se não for a mãe à frente, é o filho lá de trás.” O barqueiro ia decidindo a sorte desta e daquela e da outra, com o dedo…

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Crónica de Jorge C Ferreira | Os ensinamentos dos mais velhos

Jorge C Ferreira

  Os ensinamentos dos mais velhos por Jorge C Ferreira   O que vemos acontecer. A vida difícil de quem trabalha. Saber e lembrar factos muito antigos. Os ensinamentos dos mais velhos. Aprender a ouvir, a saber ouvir. Ir armazenando experiência. A vida que começa antes do tempo. O tempo que não se compadece com as dificuldades das pessoas. Os livros escondidos no chão do sótão. Um livro importante no meio de tão poucos livros. O colega do meu Avô que foi preso porque recebia dinheiro dos camaradas de trabalho…

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