Crónica de Alice Vieira | Ainda as pessoas estranhas

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alice Vieira | Ainda as pessoas estranhas   AINDA AS PESSOAS ESTRANHAS Alice Vieira     Há umas semanas falei aqui, como sendo uma pessoa estranha, do jornalista Felix Correia, nazi assumido e das melhores pessoas que conheci. Hoje é uma história um pouco ao contrário dessa. Estava eu a tomar o pequeno almoço no “meu” café, quando se chega uma jovem, aí pelos seus trinta anos, que me disse: –Não se lembra de mim, claro, chamo-me Leonor, e tinha para aí quatro ou cinco…

Ler mais

Crónica de Alice Vieira | Agora não

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alice Vieira | Agora não   AGORA NÃO ALICE VIEIRA   Nestas vésperas de eleições (acalmem-se que eu sei que a esta hora já não se pode fazer propaganda) lembrei-me de uma antiga canção dos “Deolinda”, que bem podia ter sido utilizada por qualquer dos candidatos. Passo a explicar. Vivemos no país do logo-se-vê. Do pode-ser-que. Do em-princípio. A dificuldade que temos em tomar decisões já quase se tornou numa característica nacional. É qualquer coisa que deve estar nos genes. Diante de qualquer problema dizer…

Ler mais

Crónica de Alice Vieira | Recordando um estranho amigo

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Recordando um estranho amigo Alice Vieira   RECORDANDO UM ESTRANHO AMIGO Alice Vieira   Às vezes basta uma palavra, um nome, um cheiro para de repente nos lembrarmos de coisas ou pessoas esquecidas há muito. Como todos os que por lá andam sabem, a Ericeira não tem uma livraria. É daquelas coisas que faltam naquele paraíso… Em tempos teve, mas acabou por fechar. Resta-nos a tabacaria do Jogo da Bola, onde se encontram todos os livros da sua excelente edição “Mar de Letras” (com muitos livros sobre…

Ler mais

Crónica de Alice Vieira | Agosto em Lisboa

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] AGOSTO EM LISBOA Alice Vieira   Neste Agosto lisboeta parece que toda a gente desapareceu da cidade. Pelo menos da minha rua. Cafés fechados, restaurantes fechados. Amigos e netos longe. Um deserto. Às vezes , para espairecer, limito-me a sair de casa e andar a dar voltas ao quarteirão. Voltava eu para casa numa tarde dessas quando ele apareceu na minha frente, sorrindo: –Posso dar-lhe uma palavrinha? Até tremi. Normalmente quando alguém aparece na minha frente  e me aborda dessa maneira, é para me prevenir de que…

Ler mais

Crónica de Alice Vieira | Cheiros perdidos

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] CHEIROS PERDIDOS Alice Vieira   Eu ia cheia de pressa. Acabada de chegar a Lisboa, depois de um maravilhoso mês na Ericeira, a disposição não era das melhores. Mas a voz da mulher na banca da fruta fez-me parar de repente. “Olhe as minhas maçãs, freguesa! Olhe que até cheiram e sabem a maçã!” Sorrio, acho graça a maçã saber a maçã, olho o vermelho da casca e acabo por sucumbir à tentação, qual Branca de Neve diante da malvada madrasta. E dou comigo a pensar no…

Ler mais

Crónica de Alice Vieira | Histórias na rua

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] HISTÓRIAS NA RUA Alice Vieira   O meu filho foi jogador de xadrez desde muito pequeno. Ia com a Federação a torneios e eu—num tempo pré-histórico ainda sem telemóveis…–“obrigava-o” a mandar-me um postal do lugar onde estivesse. O rapaz era muito cumpridor. Ficou conhecido na família—e eu trago-o sempre na minha carteira—um lacónico postal que me mandou de Coimbra: “Mãe: não tenho nada para dizer”. Se me recordei disso agora é porque, ao começar esta crónica, era exactamente  isso que me apetecia escrever. Às vezes, quando se…

Ler mais

Crónica de Alice Vieira | Mafra em festa

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] MAFRA EM FESTA Alice Vieira   Deslumbrado com o ouro que vinha do Brasil (se o Bolsonaro existisse, nada tinha sido assim…), D. João V desatou a gastar que nem um doido (se a União Europeia existisse também nada tinha sido assim…), e fez a Basílica da Estrela, e fez a Igreja de S. Roque e, como promessa para a rainha lhe dar descendência, fez o Convento de Mafra. Há ouro ?  Claro que havia.  Toneladas dele. Em certos anos—diz-se—mais de vinte toneladas. E diamantes também. Então…

Ler mais

Crónica de Alice Vieira | Para atrair a simpatia

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] PARA ATRAIR A SIMPATIA Alice Vieira   Li há muito pouco tempo um texto em que se apontavam os vinte hábitos que podem atrair a simpatia das outras pessoas. Li, reli, e-mailei para uma data de amigos (não que eles precisem mas certamente, como eu, hão-de conhecer muito cara de pau que anda neste mundo com o ar de quem está a fazer um enorme favor aos outros), guardei uma cópia—e achei que o verão era a altura  ideal para o partilhar com os leitores. Porque estamos…

Ler mais

Crónica de Alice Vieira | Juventude de Espírito

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] JUVENTUDE DE ESPÍRITO Alice Vieira   Quando refiro a minha idade (que nunca escondo…) e, na melhor das intenções, as pessoas me dizem, com um sorriso de orelha a orelha, “o que interessa é a juventude de espírito”, lembro-me sempre do que respondia a minha prima Maria Lamas, no tempo em que vivi com ela em Paris:” pois é, mas infelizmente a juventude de espírito não me ajuda a descer escadas.” Nestes últimos tempos tenho pensado muito nessa história da juventude de espírito. Porque também tem os…

Ler mais

Crónica de Alice Vieira | Viagem à Madeira

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] VIAGEM À MADEIRA Alice Vieira   Gabava-me de conhecer bem  a Madeira, de tantas vezes que lá tenho ido—desde que lá caí pela primeira vez nos anos 90, a convite do então Padre Edgar, que tinha fundado o MAC (Movimento Apostolado das Crianças) onde fazia um trabalho extraordinário com os miúdos de rua de Câmara de Lobos, criando, entre outras coisas, escolas abertas para os ensinar a ler e a escrever. Já nem me lembro como ele se lembrou de mim—mas a verdade é que foi ele…

Ler mais