[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério Casa de Hóspedes (20º. Episódio) Entristeceu a Adelaide na ausência do Gil, os dias pareceram-lhe meses, anos, lá no fundo temendo que, de regresso, ele não fosse já o mesmo, que menos entusiasmado lhe pareceu nos últimos encontros na Pensão Águia Branca, o ninho que ele tinha descoberto, modesto mas asseadinho, num alto da cidade, longe das vistas do mundo, intramuros, só conhecido de frequentadores furtivos, de clandestinos do amor. Na recepção, ele declarava o nome de José Silva e…
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Folhetim por Licínia Quitério | “Casa de Hóspedes” (19º. Episódio)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério Casa de Hóspedes – 19º. Episódio Chegou o dia de Dona Júlia arranjar coragem para, a propósito de nada, perguntar ao Sr. Mário, o senhor desculpe, eu não tenho nada a ver com a vida dos meus hóspedes, desde que respeitem a minha casa o resto é lá com eles, mas anda a fazer-me impressão saber que o senhor está fora da sua casinha, da sua família, nunca lhe perguntei, mas tem filhos, não fique assim, Sr. Mário, foi só…
Ler maisFolhetim | por Licínia Quitério – “Casa de Hóspedes” (18º. Episódio)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOHETIM Casa de Hóspedes (18º. Episódio) O senhor doutor era um exemplo para outros professores mais novos, mais fraquitos, alguns com ideias de liberdades e independências e porras dessas que só lhes baralham as ideias e até já ouvi um dizer que bater nos putos não, que tal, que o respeito não é assim que se consegue, que palavras muito bonitas e tal de compreensão e afecto, merdas, que depois nas aulas é que se vê quem os mantém na linha, pianinho antes que dê para o…
Ler maisFolhetim | Casa de Hóspedes (17º. Episódio)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério Casa de Hóspedes (17º. Episódio) O Zeferino, com o arzinho manhoso, metendo an, an, pelo meio, então pá, a Nandinha, explicações, não me digas, burra sai à mãe, burra mas ainda muito aproveitável, não achas, ó aproveitador, bocas eu, não sejas sonso, a mim é que não me calhou nenhuma, cala-te pá, se eu tivesse uma miúda como a tua não me queixava, ela não é para aqui chamada, pronto, andas esquisito, uma porra, isto é uma grande porra, os…
Ler maisFolhetim | Casa de Hóspedes (16º. Episódio)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério Casa de Hóspedes (16º. Episódio) Nesse Domingo, a D. Laura disse para a D. Balbina, ao ouvido, a vizinha já reparou que a Adelaide diz o Gil para cá, o Gil para lá, sem senhor nem doutor, uma confiança nunca vista, isto é a gente a falar, que Deus me livre de maus pensamentos, quem fizer boa cama nela se deita, abanou a cabeça, franzindo os cantos da boca, e disse em surdina, ai coitadinho de quem morre, é o…
Ler maisFolhetim | Casa de Hóspedes (15º. Episódio)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério Casa de Hóspedes (15º. Episódio) O Verão estava a chegar e a luz, agora mais brilhante, a penetrar pelos vidros da clarabóia, evidenciava o mofo nas paredes das escadas do prédio. Na mercearia do Albertino, começavam a aparecer as nêsperas gorduchas e um bocadinho descoradas, a falta de Sol, já se vê, da árvore do quintal da D. Balbina, mais precisamente das pernadas pendentes para o pátio do maroto que as vendia fazendo crer que as tinha comprado. A D.…
Ler maisFolhetim | Casa de Hóspedes (14º. Episódio)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério Casa de Hóspedes (14º. Episódio) Não pode, não diga, senhora, acudiu a Dona Júlia, sem perceber muito bem o que se tinha passado, mas se lhe fizer bem dizer, olhe que eu sou um poço, a minha boca não se abre, e fechava-a de canto a canto, correndo sobre ela dois dedos unidos. A outra não a ouvia e repetia-se, deu um murro na mesa, parecia louco, parecia mesmo louco. E então o que aconteceu depois, interrogou a outra, já…
Ler maisFolhetim | Casa de Hóspedes (13º. Episódio)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério Casa de Hóspedes (13º. Episódio) No recanto da casa de jantar, uma pequena mesa para as revistas e dois sofás desirmanados, a que Dona Júlia chamava pomposamente a salinha, a cena desenrolou-se. Sem intróitos, a outra falou, é o pulha do meu marido, a senhora desculpe a palavra, mas ele não merece outro nome, um homem que é homem não deixa assim o lar, sem mais nem menos, uma casa muito boa, a senhora havia de ver, com todo o…
Ler maisFolhetim | Casa de Hóspedes (12º. Episódio)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério Casa de Hóspedes (12º. Episódio) A campainha da porta tocou, uma vez, duas vezes, de seguida. Dona Júlia pensou, quem será que vem com pressa, se é para vender porcarias vai de caminho que eu já estou atrasada para ir à praça, e logo hoje que queria apanhar algum peixe fresquinho. Espreitou pelo ralo, uma figura desconhecida de mulher, bom aspecto, mas nunca fiando em aspectos, que anda por aí muito malandro com ar de pessoa séria, pigarreou e perguntou…
Ler maisFolhetim | Casa de Hóspedes (11º. Episódio)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] FOLHETIM | Uma rubrica de Licínia Quitério Casa de Hóspedes (11º. Episódio) Era num anexo da Igreja setecentista, uma meia porta aberta, um degrau exterior para subir, dois interiores para descer. Um perigo, dizia a Dona Júlia, quando o tempo está de humidades não é preciso mais para se escorregar e partir uma perna, que Deus nos defenda, e persignava-se. No átrio de lajedo, à direita, um corredor mal iluminado dava acesso, ao fundo, à casa, para um ou dois lugares de morto, propriamente dito. Só um…
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