Crónica de Alexandre Honrado | O Sorriso do Filósofo

O [sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Estou em acreditar que o filósofo René Descartes faria hoje um episódico sorrisinho ao ver a sociedade ocidental atrapalhada na ideia de que a expressão “Eu penso” é uma aquisição de todos e de cada um. Não há dúvida de que temos todos essa ilusão, eu penso, e (para ser ainda mais próximo do filósofo), é por pensar que vamos existindo. Eu penso, logo existo é dessas frases quase publicitárias que se tornaram um clássico no mundo da cultura. O filósofo René Descartes, no entanto, deixaria…

Ler mais

Crónica de Alexandre Honrado | A geografia é que nos explica?

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Sob o ponto de vista da cultura e da história  (áreas que mais me ocupam no que respeita a desafios académicos e pessoais), a singularidade é sempre exigível, no que respeita às análises. Não falo do excêntrico pelo excêntrico – e muito pensamento tem sido produzido e veiculado (os órgãos de comunicação adoram-no) que não passa disso mesmo, vulgar excentricidade – mas elevações de novas matrizes, coisas inéditas para usarmos contribuindo para o necessário pensamento “fora da caixa” que pode conter o último reduto curativo para as…

Ler mais

Crónica de Alexandre Honrado | Escornar à Força Toda

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] ESCORNAR À FORÇA TODA   Parece que o termo surge na Grécia, onde lendas como a do Minotauro o incluíam fartamente: escornar. Significa ferir ou atingir com os cornos, ato defensivo/ofensivo do animal ameaçado quando provido desses apêndices de cabeça. Também significa escorrer, escorregar, noutras utilizações menos agressivas. Por generalização, aparece em alguns textos com o significado de escorraçar ou desprezar. Edward B. Tylor definiu cultura como “todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os…

Ler mais

Crónica de Alexandre Honrado | Da antiga Grécia com amor

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] DA ANTIGA GRÉCIA COM AMOR   Foi muito provavelmente a migração – a necessidade de andar de um lado para o outro – e os combates pela sobrevivência, de todas as espécies, do simples procurar de alimento ao confronto físico para o obter – que pôs em confronto, mais do que os homens, as suas ideias. As superstições orientais tornaram-se débeis, e a ocidente os mitos estremeceram até perderem o seu lugar na imaginação. Os conflitos práticos, por exemplo entre os trabalhadores da terra e os seus…

Ler mais

Crónica de Alexandre Honrado | Não há para onde fugir

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Em sentido lato somos todos refugiados. Ou pelo menos os nossos antepassados o eram, deixando-nos a herança como um destino a cumprir sempre. Fugidos de ataques climatéricos, da fome e do desconforto, todos os seres vivos tendem a procurar melhor abrigo e local onde ficar. Mas raramente se permanece – e o para sempre é, regra geral, uma etapa do provisório. Com as tecnologias produziram-se muitos atalhos, chega-se mais depressa, sabe-se com maior rapidez, embora se chegue muitas vezes atrasado ao que realmente queremos ou devíamos querer…

Ler mais

Crónica de Alexandre Honrado | Elogio do pensamento

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Elogio Do Pensamento Alexandre Honrado Historiador   Emanuel Kant, filósofo alemão, cruzava a sua vida, iniciada em 1924, com a nossa, reles mortais que estudávamos no secundário no fim do século passado. Deixava-nos entre dúvidas profundas e uma angústia existencial, que só podia passar mais tarde ou com a leitura de Sartre e Foucault ou com o abandono puro e simples dessas inquietações juvenis, embora intelectuais. Várias coisas ficavam-nos, no entanto, cosidas na pele como uma tatuagem, depois de ouvir falar de Kant. Se uma delas era…

Ler mais

Crónica de Alexandre Honrado | Pensar fora da caixa

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] PENSAR FORA DA CAIXA   Um colega e amigo pergunta-me porque fui a Paris ver e ouvir os coletes amarelos e se não houve nisso uma certa soberba, um desafiar da sorte, um tirar apontamentos para aplicá-los mais tarde numa experiência que surja mais perto de mim. Depois de pensar um bocado – muito rápido, por sinal – disse-lhe que esta aparente curiosidade se resumia numa resposta breve: fui lá porque eles estavam lá. Quando Carl Gustav Jung, psiquiatra e psicoterapeuta suíço, fundador da  psicologia analítica propôs…

Ler mais

Crónica de Alexandre Honrado | A ação (e o desequilíbrio de alguns movimentos)

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] A AÇÃO (e o desequilíbrio de alguns movimentos)     A ação devia ser uma coisa benéfica. Devia ser o conceito orientador da mudança humana em cada sociedade em que se organiza – e devia mostrar quão dinâmico pode ser o Humano quando age, isto é, quando em ação. O aspeto social de todos os processos que nos movem devia ser uma prioridade dessa ação. Somos o que agimos, é certo, mas nada seremos se ao mesmo agir não soubermos juntar instrumentos e atos do pensar e…

Ler mais

Crónica de Alexandre Honrado | A morte em congresso

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] A morte em congresso Prepara-se –  e eu serei um dos “cúmplices” –  a realização do I Congresso Internacional: a morte – leitura da condição humana, aprazado para o período mediado entre os dias 21 e 24 de fevereiro de 2019 (e com encontro físico no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães). O tema impõe estremecimentos e para muitos algum distanciamento, porque mais vale ignorar do que encarar, pensam alguns. Serão mais de 100 comunicações, onze áreas temáticas, contar-se-á na oportunidade a presença de representantes de vários…

Ler mais

Crónica de Alexandre Honrado | O cidadão presidente e o necrófilo

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] O cidadão presidente e o necrófilo A entrevista feita por um não jornalista a um não sujeito, o primeiro à procura de audiências e o outro felicíssimo pela atenção que lhe foi dispensada, trouxe alguns comentários para a praça pública. A confusão do entrevistado que não sabe nada sobre história, que confunde o passado e deseja para todos o que todos em seu juízo rejeitaram, só teve rival com a convicção do não jornalista, sorridente, pensando estar a fazer um serviço enorme, talvez até público, retirando arsénico…

Ler mais