[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Fotos do matadouro O trabalho do historiador esbarra em alguns muros altos. O primeiro é capaz de ser o da sua própria formação, daquilo que manteve herdado dos seus ascendentes – dos laços de parentesco aos mestres que mais o influenciaram – e da cultura que sedimentou como sua. O olhar individual, por mais crítico e abrangente, por mais desejoso de abarcar o todo, o mundo em geral e as suas especificidades, fica prisioneiro dessa cultura que o identifica e condiciona.…
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Crónica de Alexandre Honrado – O animal que mais falhou
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – O animal que mais falhou Um animal que falhou enquanto animal. Eis uma nova definição do ser humano. Estonteado pelas formas autofágicas de cultura, essa outra forma específica que relevou da sua capacidade de contrariar a natureza e distanciar-se dela, como se fosse dono do planeta, é agora um ser perturbado, procurando acumular valores enquanto perde os valores que o podiam resgatar. Um animal – pela definição, um ser organizado, dotado de movimento e de sensibilidade – que perdeu ou adulterou…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Chega… para lá e leva o outro
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Chega… para lá e leva o outro CHEGA… PARA LÁ E LEVA O OUTRO Berrar, a plenos pulmões, Fascismo nunca mais! Com a tristeza de constatar que falhou o eco da velha frase O Fascismo não Passará! Falhou porque as palavras, que podem por vezes ser demolidoras, são ao mesmo tempo pequenas entidades frágeis e carentes. Falhou porque somos acomodados. Ora damos aos filhos o jogo eletrónico ora lhes negamos os livros, porque são “uma seca” e a criança…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Não me peçam silêncio
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Não me peçam silêncio Nunca consegui escrever, ler, ou estudar, sem ruído de fundo. Preciso de janelas abertas, trânsito que chia, gente que se quer viva. Acuso-me. Não será um cérebro decente este que se exibe aos sons e se alimenta deles como um pardal faminto nas últimas pedras da calçada. Ligo “aparelhagens”. Oiço muito jazz. Tempero-me com emissões radiofónicas, onde as francesas acabam sempre por intrometer-se –, as francesas são uma tentação, pelo menos em formato radiofónico. Nesta fase a…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Em busca de Competência
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Em busca de Competência A incompetência de Boris Johnson, Donald Trump, Jair Bolsonaro e, óbvia incompetência dos candidatos às eleições portuguesas, numa luta corpo a corpo a que, com graça, rádios e televisões chamam debates. Desfila a incompetência diante dos nossos olhos, deixa-nos atónitos, a uns, indiferentes a quase todos. O mundo está nas mãos de muito poucos. Sabemo-lo e encolhemos os ombros. É assim mesmo, deixámos que a coisa chegasse longe de mais. Ando pelas prateleiras cá de casa, tão…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – O tempo de metamorfose em que não há amor
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – O tempo de metamorfose em que não há amor Confesso que, com alguma pena minha, a frase que se segue já tem autor, aliás bem entregue à história dos melhores registos das ideias. É ele o poeta Pierre Réverdy e a frase, o poema, não se mede pelo tamanho, pois ganha vastamente em dimensão, e é assim: “não há amor, mas provas de amor”. Pode dar-se a dimensão que quisermos a esta afirmação. Repita-se a mesma: “não há amor, mas provas…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Falemos de sexo (ou a geringonça nunca existiu)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Falemos de sexo (ou a geringonça nunca existiu) Há palavras que dão prazer, embora algumas sejam surpreendentes de tão originais. E olhem que eu sou dos que fica surpreendido e não surpreso, por mera convicção resistente à moda de cá e com o devido respeito aos verbos permissivos. Podia listar uma centena de palavras assim, prazerosas, uma centena pelo menos. Ocorre-me porém um grupo singelo, uma troika. A saber: clitóris – não terá discussão, embora creia que a alguns sugira buscas…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Outra vez a saudade de Lourenço
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Outra vez a saudade de Lourenço Recordo, sem a precisão necessária, a frase de Eduardo Lourenço, creio que no seu “O Labirinto da Saudade”, discurso crítico sobre a imagem que os portugueses somaram de si ao longo dos tempos, que li numa edição de antes de abril de 1974 – porém muitos anos depois, já eu tinha idade para ler coisas mais adultas (riso). No livro, e tirada de contexto, há uma frase que me ficou, onde Lourenço fala de “uma…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Sentir, sentir; sentir sempre
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Sentir, sentir; sentir sempre Só muito recentemente na história do mundo, digo que talvez há perto de 200 anos, o que é uma ninharia tendo em conta da idade do planeta Terra, uma percentagem muito pequena do ser humano aceitou designar o universo dos sentidos por oposição à razão, o que por outras palavras é o mesmo que dizer: passou a aceitar que a estética ocupava lugar nas nossas vidas e tinha uma dinâmica própria e necessária. Os pensadores, de modo…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Identidade para a diversidade
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Identidade para a diversidade IDENTIDADE PARA A DIVERSIDADE Estou desnorteado Não sou menos do que os outros, também eu me sinto desnorteado e com um medo intenso do que fazem em meu nome. Podia dar muitos exemplos, mas este é o mais universal: dizem-me que só temos onze anos para começar a inverter a curva de destruição do planeta, mas que são até agora ínfimos os esforços mobilizados para tarefa tão espantosa e tão desmesurado objetivo – que requer…
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