Procuradoria de Lisboa investiga ajustes directos de várias Câmaras e Juntas de freguesia ligadas a PSD e PS

O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa e a Polícia Judiciária (PJ) desencadearam hoje uma grande operação em todo o país, cerca de 70 buscas, visando câmaras municipais do PS e do PSD. Esta operação relaciona-se com financiamento partidário ilícito, com contratos por ajuste directo a empresas e empresários ligados aos partidos que governam as câmaras visadas, corrupção passiva, tráfico de influência e participação económica em negócio.

A informação disponível, muito pouca, uma vez que sobre a investigação está sob segredo de justiça, revela que estarão a ser investigados, entre outros, o presidente da Junta de Estrela (PSD), presidente e vereadores da câmara de Lisboa (PS), a Distrital de Lisboa do PSD e a Concelhia de Lisboa do PS, escritórios de advogados e instalações municipais em  Barcelos, Cascais, Esposende, Famalicão, Faro, Golegã, Lisboa, Loures, Marinha Grande, Oeiras, Ponta Delgada, Póvoa do Lanhoso, Santa Maria da Feira, Vila Nova de Gaia, entre outras localidades, que poderão chegar a 20 autarquias.

O Jornal de Mafra sabe que a investigação prossegue e que esta operação terá outros desenvolvimentos.

A Procuradoria distrital de Lisboa emitiu uma nota onde se pode ler, “…Segundo os fortes indícios recolhidos apurou-se, no essencial, que um grupo de indivíduos ligados às estruturas de partido político, desenvolveram entre si influências destinadas a alcançar a celebração de contratos públicos, incluindo avenças com pessoas singulares e outras posições estratégicas.”

O inquérito encontra-se em segredo de justiça.

 

 

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