Opinião Política | Ricardo Vicente [PAN] – Não desista. Vote!!

RICARDO VICENTE (2)

Opinião Política | Ricardo Vicente [PAN] — Não desista. Vote!!

 

Seria tentador, a este tempo, aproveitar este espaço para apresentar as mais valias do voto no PAN. Não o farei, por ora, aproveitando a oportunidade para deixar alguns dados que permitam ao leitor refletir e tirar as suas próprias conclusões, neste momento tão importante, como são todos os atos eleitorais, face ao impacto que os resultados, que dai resultem, têm na vida de cada um de nós.

Nas últimas eleições legislativas, de 30 de janeiro de 2022, o Partido Socialista (PS), liderado por António Costa, venceu com 41% dos votos o que lhe permitiu obter uma maioria absoluta, com 120 deputados eleitos na Assembleia da República. À direita, o principal partido de oposição, o Partido Social Democrata (PSD), obteve 72 lugares e 27% dos votos, enquanto o partido de extrema-direita, o Chega, conseguiu alcançar 12 deputados (7% dos votos) e a Iniciativa Liberal (IL) 8 eleitos e quase 5% dos votos. Os partidos à esquerda, o Partido Comunista Português (PCP) e o Bloco de Esquerda (BE), obtiveram um dos seus piores resultados de sempre, com 4% dos votos e 6 e 5 assentos, respetivamente, tendo o PAN e LIVRE elegido um deputado cada.

Após a surpresa, para alguns, na obtenção da maioria absoluta por parte do PS, estavam reunidas as condições para mais 4 anos de governo socialista liderado, uma vez mais, por António Costa. Não podíamos estar mais enganados. O governo empossado não demonstrou arte, nem engenho, para levar adiante o seu programa político tendo acumulando casos e polémicas, que levou à renúncia de 11 secretários de estado e 2 ministros. Se aos olhos da opinião pública o Governo já estava muito fragilizado, pior ficou a 7 de novembro de 2023. Após uma série de buscas lideradas pelo Ministério Público que incluíram, pela primeira vez na história da democracia Portuguesa, a residência oficial do Primeiro-Ministro, que levaram à prisão do seu chefe de gabinete, tendo António Costa sido mencionado como suspeito num caso de corrupção, não deixou outra opção ao Presidente da República que decidiu dissolver o Parlamento Nacional e convocar novas eleições para o dia 10 de março.  

Com mais esta dissolução a este tempo, e não esquecendo os recentes desenvolvimentos ocorridos na Região Autónoma da Madeira, a grande dúvida é perceber que partido, que candidato, que liderança reúne as condições para liderar um governo e que permita levar a legislatura até ao fim. O panorama não é risonho, mas esta reflexão tem de ser feita no momento de decidir o voto. A palavra “Renovação”, de políticas e de políticos, não é propriamente apanágio da política portuguesa. As promessas, as de sempre, quer à esquerda, quer à direita, já não motivam, nem convencem, os eleitores. Falta frescura, arrojo, ambição, sinceridade, mas principalmente compromisso perante o país. A consequência está à vista. A abstenção atinge valores muito elevados, a maioria dos eleitores não conhece o programa dos partidos, exceção feita às ditas “promessas de sempre”, não se revê no discurso dos candidatos e sente que estes não falam para eles, nem apresentam soluções para os seus problemas. Um problema crónico e, aparentemente, sem resolução à vista.

Os tempos que se avizinham não serão fáceis. Os desafios que necessariamente teremos de ultrapassar, como nação, são de elevada complexidade e dificuldade, pelo que teremos de garantir que o próximo Governo que sair destas eleições seja o mais preparado. Pessoalmente, continuo a acreditar que os eleitores não vão, a bem de todos, optar por promessas fantasiosas, soluções simplistas, pouco realistas e que certamente não resolverão os problemas que o país atravessa. O que é imperioso é ir votar. Votar consciente de que o nosso voto pode fazer a diferença. O país precisa do voto de todos. Não se esqueça Vote!!

As opiniões expressas neste artigo são da responsabilidade exclusiva do autor

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