OPINIÃO POLÍTICA | Alexandre Seixas – A comunicação como pedra de toque e fiel da balança

A comunicação como pedra de toque e fiel da balança

O PS Mafra como agente da comunicação

 

Atualmente, é inegável que a comunicação é uma das ferramentas mais usadas e mais úteis das que estão ao nosso dispor. Comunicar bem é sinónimo de sucesso, é sinónimo de vitalidade, é sinónimo de trabalho. Os meios de comunicação disseminaram-se e estão agora a todo o momento à distância de um nosso gesto. Politicamente, por ser uma atividade de pessoas para pessoas, poder e saber comunicar é cada vez mais valioso. A política é transversal, tal como a comunicação tem de ser. Ainda assim, é condição sine qua non a existência de algo para comunicar.

E aqui, na nossa Mafra, se nos cingirmos “só” à política há muito caminho para desbravar… pois comunicação não pode ser só (por muito importante que isso seja) uns panfletos ou uns cartazes anunciando a próxima festa ou a próxima procissão.

Desde logo, a população tem de estar informada sobre o que se faz politicamente no Concelho. Isso, infelizmente, não acontece… note-se, desde logo, a fraca ou nenhuma comparência de fregueses e munícipes às reuniões/assembleias, onde se debatem e se votam as medidas que ulteriormente terão impacto nas vidas de todos nós. Poder-se-á argumentar que existe uma despreocupação das pessoas face ao que se passa nessas sessões, mas é aí que a comunicação deve impor o ritmo, informando e publicitando os temas que vão ser tratados, como vão ser tratados e onde vão ser tratados, trazendo mais pessoas para o âmago do debate. Que me perdoem os arautos do “está bom assim” e do circunstancialismo cinzento, bacoco e oco, daqui do burgo, mas penso e defendo firmemente que um maior conhecimento e envolvimento de todos nós, só poderá trazer melhores resultados. Sem medos. Sem receios.

É preciso comunicar, que se as coisas estão melhores na nossa vida quotidiana, isso não se deve à mesma maioria de quase sempre deste PSD que se fortifica em concentração de poder cada vez mais surdo e arrogante, que por exemplo (exemplo este, que apesar de absurdo é real) se exime do ato tão simples de mencionar numa ata as intervenções atentas e construtivas dos eleitos do PS numa assembleia. Sim, mesmo em 2018, é por aqui que vamos. Será, simplesmente, por serem da oposição? Se é, habituem-se, pois vai continuar a ser assim. Cada vez mais fortes, mais focados. O bom trabalho dá sempre frutos e aqui não será exceção. Mas, mais uma vez, também aqui a comunicação tem um papel fulcral, de trazer à praça pública o que se passa. Só pessoas esclarecidas, decidem esclarecidamente.

As coisas estão melhores, pela ação do PS na esfera governativa. E isso, também urge comunicar…

– Que em 2017 o défice de 0,9% foi o mais baixo da nossa democracia.

– Que o investimento público cresceu 25% em 2017

– Que a dívida caiu 4%

– Que os rendimentos salariais dos portugueses cresceram 7,6%

– Que o emprego cresce em Portugal ao dobro do ritmo da Europa, com mais de 300.000 empregos criados, atingindo a taxa mais baixa de desemprego desde 2004, 7,8%

E tudo isto é possível, sem cortar salários ou pensões, mas repondo salários e pensões; não aumentando impostos, mas baixando impostos; não desinvestindo na escola pública ou no Serviço Nacional de Saúde, mas aumentando o investimento na escola pública e no SNS.

Mas aqui em Mafra, neste Concelho isolado e irredutível, para nomear apenas dois aspetos, a taxa de IMI está no máximo e em dissonância, a mão de obra é muito barata, em absoluto e mesmo se analisarmos comparativamente.

É também por isto que temos de comunicar mais e melhor! Comunicar o que vai mal, mas também comunicar o que podemos, o que propomos e o que vamos fazer diferente!

Neste abril de boa memória que vivemos (e que tristemente não é celebrado em Mafra!!!) deixo um poema (veículo amigo e irmão da comunicação) de Sophia de Mello Breyner Andresen, escrito em Lisboa, em 1 de maio de 1975, e ainda e sempre tão atual…

Tu avanças sempre e não recuas
Quando se ergue a hora da ameaça
Mesmo que tenhas de morrer nas ruas
Mesmo que tenhas de morrer na praça

Porque não estás só mas continuas
Todos os que lutam e lutaram
P’ra que não haja grades nem mordaça

Porque não estás só mas continuas
E os outros unem suas mãos às tuas
P’ra que um mundo mais justo e livre nasça

Por isso avanças sempre e não recuas
Connosco a poesia está nas ruas

 

Viva Abril! Viva Portugal!!

 

Alexandre Seixas, abril de 2018

 

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