2 de dezembro de 2020, num dia de calor, muito calor, o Terreiro D. João V a abarrotar de gente (re)inauguravam-se os carrilhões do Palácio Nacional de Mafra, depois de um longo período de inatividade.
Pelas 15h00 começam a chegar as entidades convidadas, a Ministra da Cultura, Graça Fonseca, a secretária de estado da cultura, Ângela Ferreira, a então Diretora Geral do Património, Paula Silva, o diretor do Palácio Nacional de Mafra, Mário Pereira, Duarte Nuno, pretendente ao trono de Portugal, entre muitas outras entidades locais, regionais e nacionais, ninguém quis perder este momento marcante na história da vila.
Antes do tão esperado concerto, Manuel Clemente, Cardeal e Patriarca de Lisboa, benzeu os sinos e finalmente, pelas 16h00 eles voltaram a ouvir-se os carrilhões de Mafra, depois de 20 anos de silêncio. Eram milhares as pessoas que estavam no centro da vila para assistir a este momento – muitos dos espetadores ficaram em longas filas de trânsito antes que conseguissem entrar na vila. Finalmente, quase 300 anos depois, o Palácio, recém elevado a património da UNESCO, conquistou novamente um dia a si dedicado, o Palácio de Mafra voltou a estar “completo” tal como D. João V o imaginou e desenhou.
Passado um ano, os concertos de carrilhão voltaram a fazer parte do ADN desta vila, aos domingos, quer faça sol, quer faça chuva, pelas mãos de do carrilhanista Abel Chaves, a sua música chega a casa de todos os que por aqui habitam, fazendo as delícias dos que por cá vivem e de todos os que nos visitam.
As obras de reabilitação dos carrilhões do Palácio Nacional de Mafra arrancaram em junho de 2018. Depois da remoção dos sinos da torre norte e depois, dos da torre sul, assistiu-se ao regresso dos sinos à torre norte e depois à torre sul, depois de os mármores serem limpos e restaurados, e as madeiras limpas e restauradas também, a obra ficou concluída no final do ano – tal como previsto – e o dia da Senhora das Candeias foi a data escolhida para a realização do concerto inaugural dos “recuperados” carrilhões.