Dia Mundial da Prevenção do Afogamento 68 pessoas já perderam a vida por afogamento este ano

Fim de semana de calor

 

O Dia Mundial da Prevenção do Afogamento foi adotado pela Assembleia Geral da ONU em abril de 2021 e celebra-se anualmente a 25 de julho.

O número de mortes por afogamento têm diminuído em Portugal, mas nos últimos 20 anos registaram-se 274 afogamentos fatais em crianças e jovens e 617 internamentos.

De acordo com os dados da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores (FEPONS), até 30 de junho ocorreram 68 mortes – 49 homens, 18 mulheres, 1 não determinado – em meio aquático, um “recorde dos últimos cinco anos”.

Por seu lado, o projeto “Seawatch” já resgatou – desde abril – mais de 200 pessoas que se encontravam em situações de risco nas praias.

Ainda de acordo com os dados da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores, a maioria dos 68 óbitos por afogamento ocorreram no período da tarde, a maioria ocorreu no mar (27), no rio (22), em poços (8), em barragem (4), em piscina privada (2). Tanque, lago, piscina oceânica, cisterna, marina/porto de abrigo foram os outros locais onde ocorreram óbitos por afogamento.

As principais circunstâncias que levaram aos afogamentos foram, tomar banho (lazer), passear junto à água, pesca lúdica (cana), pesca em embarcação, queda de carro à água, banho com bandeira vermelha, mergulho sem garrafa e limpeza de açude.

Dos 68 óbitos, 2 ocorreram em local com vigilância e 66 em local sem vigilância. Em 23 das situações existiu tentativa de salvamento e isso não ocorreu em 45 casos.

Os distritos onde se registaram as mortes por afogamento foram: Porto (13), Lisboa (9), Faro (6), Açores (6), Braga (5), Madeira (4), Viana do Castelo (3), Coimbra (3), Vila Real (3), Aveiro (3), Setúbal (2), Santarém (2), Viseu (2), Beja (2), Castelo Branco (1), Leiria (1), Portalegre (1), Évora (1) e Guarda (1).

Desde janeiro de 2022, os meses com maior registo de mortes por afogamento foram: junho (16), abril (14) e maio (14), seguindo-se janeiro (9), março (9) e fevereiro (6).

Em termos de nacionalidade, a maioria era Portuguesa (9) seguindo-se Alemã (3), Moldava (2), Austríaca (2), Britânica (1), Ucraniana (1), Tailandesa (1), Servia (1), Indiana (1) e Belga (1).

As vítimas eram de quase todas as faixas etárias – exceto a faixa etária dos 75 a 79, que não registou vítimas -, mas a maioria das vítimas suava-se entre os 65 a 69 anos (9), entre os 20 a 24 anos (8) e entre os 35 a 39 (6). Nas crianças dos 0 aos 4 anos (2), dos 5 aos 9 (1), dos 10 aos 14 (1) e dos 15 aos 19 (4).

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