Crónica de Alexandre Honrado | Da antiga Grécia com amor

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] DA ANTIGA GRÉCIA COM AMOR   Foi muito provavelmente a migração – a necessidade de andar de um lado para o outro – e os combates pela sobrevivência, de todas as espécies, do simples procurar de alimento ao confronto físico para o obter – que pôs em confronto, mais do que os homens, as suas ideias. As superstições orientais tornaram-se débeis, e a ocidente os mitos estremeceram até perderem o seu lugar na imaginação. Os conflitos práticos, por exemplo entre os trabalhadores da terra e os seus…

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Crónica de Alexandre Honrado | Não há para onde fugir

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Em sentido lato somos todos refugiados. Ou pelo menos os nossos antepassados o eram, deixando-nos a herança como um destino a cumprir sempre. Fugidos de ataques climatéricos, da fome e do desconforto, todos os seres vivos tendem a procurar melhor abrigo e local onde ficar. Mas raramente se permanece – e o para sempre é, regra geral, uma etapa do provisório. Com as tecnologias produziram-se muitos atalhos, chega-se mais depressa, sabe-se com maior rapidez, embora se chegue muitas vezes atrasado ao que realmente queremos ou devíamos querer…

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Crónica de Alexandre Honrado | Elogio do pensamento

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Elogio Do Pensamento Alexandre Honrado Historiador   Emanuel Kant, filósofo alemão, cruzava a sua vida, iniciada em 1924, com a nossa, reles mortais que estudávamos no secundário no fim do século passado. Deixava-nos entre dúvidas profundas e uma angústia existencial, que só podia passar mais tarde ou com a leitura de Sartre e Foucault ou com o abandono puro e simples dessas inquietações juvenis, embora intelectuais. Várias coisas ficavam-nos, no entanto, cosidas na pele como uma tatuagem, depois de ouvir falar de Kant. Se uma delas era…

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Crónica de Alexandre Honrado | Pensar fora da caixa

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] PENSAR FORA DA CAIXA   Um colega e amigo pergunta-me porque fui a Paris ver e ouvir os coletes amarelos e se não houve nisso uma certa soberba, um desafiar da sorte, um tirar apontamentos para aplicá-los mais tarde numa experiência que surja mais perto de mim. Depois de pensar um bocado – muito rápido, por sinal – disse-lhe que esta aparente curiosidade se resumia numa resposta breve: fui lá porque eles estavam lá. Quando Carl Gustav Jung, psiquiatra e psicoterapeuta suíço, fundador da  psicologia analítica propôs…

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Crónica de Alexandre Honrado | A ação (e o desequilíbrio de alguns movimentos)

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] A AÇÃO (e o desequilíbrio de alguns movimentos)     A ação devia ser uma coisa benéfica. Devia ser o conceito orientador da mudança humana em cada sociedade em que se organiza – e devia mostrar quão dinâmico pode ser o Humano quando age, isto é, quando em ação. O aspeto social de todos os processos que nos movem devia ser uma prioridade dessa ação. Somos o que agimos, é certo, mas nada seremos se ao mesmo agir não soubermos juntar instrumentos e atos do pensar e…

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Crónica de Alexandre Honrado | A morte em congresso

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] A morte em congresso Prepara-se –  e eu serei um dos “cúmplices” –  a realização do I Congresso Internacional: a morte – leitura da condição humana, aprazado para o período mediado entre os dias 21 e 24 de fevereiro de 2019 (e com encontro físico no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães). O tema impõe estremecimentos e para muitos algum distanciamento, porque mais vale ignorar do que encarar, pensam alguns. Serão mais de 100 comunicações, onze áreas temáticas, contar-se-á na oportunidade a presença de representantes de vários…

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Crónica de Alexandre Honrado | O cidadão presidente e o necrófilo

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] O cidadão presidente e o necrófilo A entrevista feita por um não jornalista a um não sujeito, o primeiro à procura de audiências e o outro felicíssimo pela atenção que lhe foi dispensada, trouxe alguns comentários para a praça pública. A confusão do entrevistado que não sabe nada sobre história, que confunde o passado e deseja para todos o que todos em seu juízo rejeitaram, só teve rival com a convicção do não jornalista, sorridente, pensando estar a fazer um serviço enorme, talvez até público, retirando arsénico…

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Crónica de Alexandre Honrado | Entre coletes amarelos – os genuínos, que por acaso são verdes

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] ENTRE COLETES AMARELOS – os genuínos, que por acaso são verdes   Andar pelas ruas de Paris e conversar com os parisienses, sobre os parisienses, sobre os portugueses, sobre os europeus, sobre ninguém. Nunca há, claramente, um discurso comum, pois os povos não são comuns nem se vergam ao peso do discurso comum, mas têm coisas comuns nos seus universos mais ou menos sofisticados, lá isso têm. Conversei, todavia, com o incomum, posso asseverar. Pierre é professor de Filosofia e oferece-me um livro de Beatriz Sarlo, Sete…

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Crónica de Alexandre Honrado | Noite de Natal para lá da idolatria

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup]   Em noite de Natal falo sobre religião com pessoas de muito diferentes convicções e mais uma vez me espanto com o domínio dos textos religiosos exibido por um dos ateus presentes. É aliás um hábito dos ateus participar com o maior dos entusiasmos na festa do Natal, sabendo tratar-se da evocação simbólica da data convencionada para o nascimento de Jesus. Celebram e sublinham que datas como esta, em que um dos mestres da Humanidade se celebra com vigor e universalidade, deviam ser repetidas e promovidas ao…

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Crónica de Alexandre Honrado | O Digital Próximo da Religião (a época do Deus mercadoria)

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] O DIGITAL PRÓXIMO DA RELIGIÃO (a época do Deus mercadoria)   Discutíamos há poucos dias, em ambiente académico, a relação entre conectividade tecnológica e conexão cultural, estabelecendo-se então a dúvida: afinal a que estamos ligados? Sem entrar nos domínios da reflexão, sempre motivadora de acalorados argumentos, do que será, afinal, em especial nos nossos dias, uma estrutura de crença e, nessa, que lugar ocupa o religioso no homem contemporâneo, demos com um exemplo que se nos afigura motivador, estimulante e a um mesmo tempo ligado ao tema…

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