Crónica de Alexandre Honrado – A morte de um cavalo

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – A morte de um cavalo     Morreu um cavalo. É claro que nos títulos da imprensa mais atenta, o cavalo não tem o lugar mais destacado. Outro tipo de apelos sobrepõe-se à vida perdida do pobre animal, arrastado para o sítio errado em hora errada. Noite de terror, momentos dramáticos, mais sangue na arena do que estava previsto e é da tradição. Dois cavaleiros tauromáquicos a receberem assistência, mais um novilheiro, que “sofreu uma aparatosa voltareta”, outros, até espetadores no recinto…

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Crónica de Alexandre Honrado – Eu (Envenenado)

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Envenenado   Há uma diferença enorme, com um lugar vazio de premeio, entre a emoção e o sentimento. Há também na relação de escalas uma diminuição registada entre a capacidade que temos de gerir, interpretar, comunicar emoção e o sentimento, que nutrimos, que sentimos que partilhamos, ou não, porque se paga caro a indiferença e o desgaste da habituação. Não sentimos o que sentíamos, há uma dúzia de anos atrás, porque nos desabituámos do sentir e assim a dor, o amor, a…

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Crónica de Alexandre Honrado – Estamos desarmados

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Recordo muitas vezes a frase de Gilles Deleuze: “não é caso para temer ou esperar, mas sim procurar novas armas”. Recordo-a aceitando que essas armas, aludidas em contexto certo, não são as do foguetório dos Trump e dos Bolsonaro, aceitando todavia que os povos não devem andar armados – embora devam pegar em armas em nome da insurreição pela justiça que merecem-, nem são também as armas do Irão e dos enriquecimentos (do urânio e da conta bancária), nem dos fundamentalistas que prolongam na fraqueza e no…

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Alexandre Honrado – Sébastien Bohler e o nosso cérebro

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup]   Alexandre Honrado | Sébastien Bohler e o nosso cérebro   Já repeti muitas vezes (e em tantos contextos) que numa linha conservadora de interpretação da cultura, a  que mais amiúde produzimos e reproduzimos e onde alicerçamos os nossos universos, em especial brandindo aquilo que queremos impor aos outros só porque nos consideramos detentores de algum valor que aos outros possa interessar, o que é uma estupidez sem cura, já disse e repito que encontrar alguém capaz de pensar“ fora da caixa” produz em mim um efeito…

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Crónica de Alexandre Honrado | Imagens que ardem

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Imagens que ardem   Ouvi há dias a uma garota um raciocínio simples e angustiante que ela, todavia, mostrava com grande segurança e convicção: “fui àquela entrevista de emprego, fizeram-me umas perguntas, escrevi um texto, e consegui o lugar. O que eu disse foi a gaguejar, o meu texto era péssimo, nunca tive jeito para escrever nada, mas ia linda, muito bem maquilhada, e eles deram valor à imagem”. Nos imensos patamares de valoração dos mais diversos universos culturais, a imagem conta…

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Crónica de Alexandre Honrado – Michel Serres

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Crónica de Alexandre Honrado – Michel Serres   No meu passado extremista e inquieto, cheio de asneiras e impulsos, não cabia Michel Serres. Estavam lá outros, é certo, mais aguerridos, mais intervenientes, mais engajados, daqueles que desferiam pensamentos que assobiavam como flechas. Faziam dobrar as ideias políticas, riam-se dos descalabros económicos, enquadravam o social, desmitificavam o género, o sexo, o sucesso, eram cultura de manhã à noite. Não era importante para quem estava à minha volta que eu me munisse deste ou daquele, que preferisse os mais…

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Crónica de Alexandre Honrado – A Democracia a Moribundar-se

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Se por estes dias escrevêssemos o obituário da democracia portuguesa andaria próximo de um exercício de um assassínio póstumo de reputação. Então, os legítimos democratas sairiam maltratados, os que por ele se revestem de peles de cordeiro de um regime que os acoita, sairiam mal vistos, os que aprenderam na pele e na prática que a Democracia é o último reduto da celebração humana, ficariam arredados do epitáfio. E todos os que deram a vida, a saúde, a alma para que nós pudéssemos ser mais do que…

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Crónica de Alexandre Honrado – Reflexão antes das eleições

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] À beira da escolha de alguns, poucos e sem grande relevo, deputados portugueses para lidarem com as decisões que os grandes grupos políticos e sobretudo os económicos europeus irão impor aos países da União Europeia no novo quadro do Parlamento eleito por estes dias, cumpro o meu tempo de reflexão e aguardo com sábia impaciência os novos tempos que, temo, irão transformar a Europa, provavelmente, retirando-lhe força e oferecendo-a a radicais e a populistas insanos que não amam o chão que pisam e desdenham os seres com…

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Crónica de Alexandre Honrado – Há tanta Ideia Por Pensar (parte 7)

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] HÁ TANTA IDEIA POR PENSAR Uma pequena homenagem a Vergílio Ferreira     Não são as religiões –  é a política que conduz os homens aos seus embates mais ferozes. Mas é a imoral dos preconceitos que distingue os homens racionais dos que agem irracionalmente. Um dia todos nos libertaremos. É uma utopia saudável, pensá-lo. Pensar é uma utopia saudável. Deixaremos então a farsa antiga da mitologia e da revelação, pelo que podemos vir a ser juntos e em inter-relação. Pensar há de ser isso. Deus não…

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Crónica de Alexandre Honrado – Há tanta ideia por pensar – parte seis

[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Pensar Virgílio Há tanta ideia por pensar – parte seis Uma pequena homenagem a Virgílio Ferreira   Este tempo é diferente. A religião é o capital e o seu deus é um mercado, quando pelo menos devia ser um mercador. As coisas foram fluindo até se transformarem numa folha muito fina. As folhas antigas, os papiros e seus semelhantes, permitiam escrever e rasurar, escrever por cima. Ainda encontramos magníficos palimpsestos onde aquilo que se raspou e escreveu por cima é apenas uma máscara do que, raspado, se…

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