A vila de Constância
Por Alice Vieira
Há terras que ficam para sempre no nosso coração.
Não falo, evidentemente, da Ericeira, pois toda a gente sabe que lhe chamo “a minha pátria”.
Mas, para lá desta, existem outras onde eu até vou raramente mas que, sabe-se lá por quê, ficam cá dentro.
Falo, por exemplo, de Constância.
Estive lá há dias e foi uma alegria. Como se encontrasse um grande amigo que não via há muito e de quem tinha muitas saudades.
Desta vez fui a uma escola (Escola Luis de Camões, como não podia deixar de ser…) — e gostei muito. Alunos interessados, sem repetirem perguntas.
Mas das outras vezes que lá tinha ido, não tinha sido para ir falar às escolas—mas sim para ouvir falar quem, segundo a minha opinião, sabe tudo sobre Constância: o meu amigo Máximo Ferreira.
Nessa altura, Máximo Ferreira era Presidente da Câmara; hoje o presidente da Câmara é Sérgio Oliveira e, ao que me disseram, está a fazer um bom trabalho.
Mas, como eu costumo dizer, o Máximo é que “descobriu” Constância.
A ele se deve a criação e manutenção do Centro Interpretativo Ciência Viva, da Casa Museu e do Horto Luis de Camões.
Como se sabe, Camões viveu aqui algum tempo — e está presente em quase tudo. A começar, na extraordinária estátua, em frente ao rio, da autoria de Lagoa Henriques.
Tudo isso o meu amigo Máximo me mostrava de cada vez que eu lá ia — e era sempre como se fosse a primeira vez.
E fiquei muito contente, (e muito grata) quando ele, cheio de trabalho, interrompeu tudo para me ir dar um abraço! Foram breves momentos, mas souberam-me muito bem.
E, já agora, aqui fica uma sugestão que deixo aos meus leitores: vão a Constância! Para lá de tudo, é uma vila lindíssima! E tenho a certeza de que vão tirar montanhas de fotografias!
Alice Vieira
Atualmente colabora com a revista “Audácia”, e com o “Jornal de Mafra”.
Publica também poesia, sendo considerada uma das mais importantes escritoras portuguesas de literatura infanto-juvenil.
Pode ler (aqui) as restantes crónicas de Alice Vieira