OPINIÃO POLÍTICA | Portugal e o Turismo, Revista Turismo de Lisboa – Mafra em destaque

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Portugal e o Turismo – World Travel Awards

Revista Turismo de Lisboa – Mafra em destaque

 

Parabéns Portugal! Parabéns Lisboa!
No passado sábado, Portugal foi eleito o “Melhor Destino do Mundo” pelo segundo ano consecutivo. Ganhou no total 17 “óscares do turismo”, atribuídos pelos World Travel Awards. A cerimónia decorreu no Pátio da Galé, em Lisboa. Foi também a primeira vez que a gala de entrega dos prémios ocorreu em Portugal e para além disso a anfitriã Lisboa foi uma das grandes vencedoras, tendo sido eleita “Melhor Cidade Destino” e “Melhor Destino City Break” a nível mundial.

Esta é uma excelente notícia para todos nós! Portugal está na ordem do dia pelas melhores razões. O turismo, enquanto setor da atividade económica, contribui de forma marcante para o desenvolvimento do país. Indissociável deste sucesso, é a estratégia seguida pelo governo de António Costa, que desde cedo percebeu a sua importância. A estabilidade governativa, aliada ao crescimento económico (que tem trazido uma grande melhoria na oferta disponível) e à situação geoestratégica de Portugal, representam o mix perfeito para a potenciação da marca Portugal.

E não só no turismo. Ainda na semana passada, numa palestra inserida num evento, que reuniu alguns dos principais pensadores sobre estas temáticas, foi possível ouvir e conhecer o processo em que se baseia o nascimento de uma marca, enquanto país/povo. Primeiro, por extrapolação e comparando com alguns dos nossos vizinhos europeus, foram elencadas algumas características distintivas. De Portugal e dos portugueses ganharam expressão duas palavras que segundo a maioria nos definem… Simplicidade e Genuinidade. Se partirmos daí e se pensarmos nas três vertentes indispensáveis a uma boa estratégia de marketing – funcional, social e emocional – chegamos à conclusão que nesses dois conceitos existem essas três premissas.

Talvez os turistas nos procurem porque somos simples e genuínos, sem dúvida, isso é indesmentível, mas procuram-nos também por uma panóplia mais vasta de razões… o sol, a luz, a proximidade ao mar, o custo de vida, a gastronomia (as nossas tascas), a oferta hoteleira, a segurança, a centralidade, a hospitalidade, as dicotomias que temos num território reduzido e que tanto nos valorizam, a cultura, a arte, a história, os nossos grandes poetas, os eventos que acontecem por todo o país, Fátima e a sua expressão religiosa que não se limita a um espaço físico, o campo, a cidade, e tantas outras razões. Se mesmo assim conseguimos ser, e somos sem dúvida, simples e genuínos, tanto melhor!

Daqui é importante reconhecer como os atores políticos souberam interpretar os sinais e guiar-nos, apostando no turismo enquanto agente de recuperação económica, não só focado na capital, mas também espalhado por todo o país, de norte a sul, desde o litoral até ao interior. E por aqui, em Mafra, não é diferente. Na capa da revista do Turismo de Lisboa, de novembro do corrente, surge em grande plano, a nossa Mafra, representada por uma imagem em fundo de uma das mais belas bibliotecas do mundo, a do Palácio Nacional de Mafra, e num plano mais próximo a imagem do atual Presidente de Câmara. A frase forte transcrita na capa “Turismo é oportunidade estratégica”. Antes de mais e por uma razão de justeza intelectual, começar por parabentear os intervenientes pelo teor e sentido das palavras, dos conceitos e das ideias ali transmitidas. Todos queremos ver Mafra afirmada como magnânima. Estamos alinhados, nesse e noutros aspetos referidos. O que nos preocupa é o caminho até lá chegar. As opções estratégicas adotadas e a adotar pela edilidade. O PSD tem-nos habituado a uma secundarização destes temas com prevalência, em oposição, por outros de cariz económico, financeiro e fiscal, que afinal tanto nos fizeram regredir num passado ainda recente… Enfim… esperemos que também aqui não se aplique o adágio popular… “bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz”

Ainda assim, Parabéns Portugal!!!

 

Alexandre Seixas, dezembro de 2018

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