11.827 operacionais e 60 meios aéreos no combate aos incêndios florestais 2020

Patrícia Gaspar, Secretária de Estado da Administração Interna, participou hoje numa audição parlamentar, para fazer o ponto de situação, do que está a ser feito no plano de prevenção e combate aos incêndios florestais.

A secretária de estado garantiu que a pandemia da covid-19 não está a afetar os planos de prevenção e combate a incêndios, planos que estão a avançar como previsto.

Hoje não se pode dizer com segurança como o país vai estar em junho ou em agosto” mas “sabemos que temos dados relativamente estabilizados”, referiu, acrescentando que “se tudo se mantiver neste padrão, não se estima, nesta fase, que possa vir a haver uma afetação expressiva da nossa capacidade em termos de prevenção e de combate”.

No final de março, a Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciou que no âmbito da Operação Floresta Segura 2020 detetou 23 468 incumprimentos nas 1 124 freguesias prioritárias.

Patrícia Gaspar anunciou que este ano o dispositivo de combate aos incêndios contará com 11 827 operacionais – bombeiros, sapadores florestais, Força Especial de Proteção Civil, Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR), o que, na a fase de empenhamento máximo, representará um aumento de mais 500 elementos, em relação ao ano passado. Os operacionais serão apoiados por 2 664 meios terrestres e por 60 meios aéreos.

Até 14 de abril registaram-se 681 ocorrências de incêndio, contabilizando-se 747 hectares de floresta ardida, o que para a secretária de estado representa “alguma tranquilidade” referindo, no entanto, tratar-se de números que não satisfazem.

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) já realizou a gestão de combustível em 682 hectares dos 3 500 planeados para este ano. Em relação à instalação das faixas de gestão e de interrupção de combustível da rede primária, estas já estão asseguradas em 674 hectares dos 2 468 previstos.

Face à incerteza da evolução da pandemia no nosso país, a secretária de estado refere que “vamos esperar o melhor, preparando-nos para o pior. No caso de haver alguma afetação maior em termos da capacidade de resposta, que neste momento não se estima, estamos a trabalhar na forma de poder dar a volta a esta questão”.

A prioridade é “apostar ao máximo na vigilância” para “garantir uma deteção o mais rápida possível”.

O Plano de Combate aos Incêndios Florestais 2020  será conhecido no final do mês.

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