Violência Doméstica | Foram registados 308 pedidos de ajuda desde dia 19 de março

A violência doméstica afeta milhares de pessoas, especialmente mulheres e crianças e o não pode ficar esquecida em tempos de covid-19” referiu ontem o secretário de estado da saúde, António Lacerda Sales.

Está em marcha, desde o início de março um plano de contingência de prevenção e de combate à violência doméstica no contexto covid-19. Foi criada uma nova linha de atendimento por SMS (3060) que entrou em funcionamento no dia 27 de março e já recebeu 123 pedidos de apoio.

Este serviço juntou-se à linha telefónica (800 202 148) e ao e-mail de emergência (violência.covid@cig.gov.pt) e desde o dia 19 de março estas três linhas de apoio receberam um total de 308 pedidos.

As casas de abrigo e de acolhimento de emergência tem estado em funcionamento, neste período de pandemia, respeitando as regras de isolamento e distanciamento social, tendo sido contratualizadas mais duas casas de abrigo, aumentando a capacidade para mais 100 vagas. Entre 6 e 27 de abril estas casas já acolheram 50 vítimas.

O secretário de estado da saúde, referiu ainda que “em Portugal ao contrário de outros países europeus não se regista um aumento de participações por violência doméstica, alias as forças de segurança, PSP e GNR, registaram um decréscimo das participações em 39% face ao mesmo período do ano passado, o que nos compromete ainda mais na urgência de dar outras respostas”.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) conta, já há alguns anos, com estruturas especificas para a intervenção nesta área e com equipas multidisciplinares compostas por psicólogos, médicos, técnicos de serviço social, enfermeiros. No SNS existem cerca de 452 equipas em cuidados de saúde primários, em cuidados hospitalares, distribuídas por todo o pais e na região autónoma dos Açores.

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