A primeira versão do Plano de Vacinação de Combate à Covid-19 foi hoje apresentada no Infarmed, em Lisboa. Este plano tem por principal objetivo, a redução das taxas de mortalidade e de internamento em unidades de cuidados intensivos.
A vacina vai ser facultativa, universal, gratuita e administrada no Serviço Nacional de Saúde
A Ministra da Saúde referiu que a vacina vai ser facultativa, universal, gratuita e administrada no Serviço Nacional de Saúde prevendo-se que a sua distribuição se inicie no início do próximo ano.
A vacinação contra a covid-19 será administrada em duas doses, sendo que quem tomar a 1ª dose ficará logo com a toma da 2ª dose marcada e programada.
A vacina será administrada:
– em lares e unidades de cuidados continuados pelas próprias equipas
– em 1200 pontos de vacinação nos centros de saúde
Uma vez que as vacinas não vão chegar todas ao mesmo tempo, chegando gradualmente ao longo de todo o ano, foi necessário criar 3 fases de vacinação.
Numa 1ª fase a vacinação, que deverá ocorrer entre janeiro e fevereiro de 2021, serão vacinadas 950 mil pessoas pertencentes aos seguintes grupos prioritários:
250 mil pessoas | Profissionais e residentes em lares e instituições similares e Profissionais e internados em unidades de cuidados continuados |
400 mil pessoas | Pessoas com 50 ou mais anos, com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal (TFG <60ml/min) e DPOC ou doença respiratória crónica com suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração |
300 mil pessoas | Profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados a doentes e profissionais das forças armadas, forças de segurança e serviços críticos |
Na 2ª fase serão vacinadas:
1,8 milhões de pessoas | Pessoas com 65 anos ou mais anos com ou sem patologias (que não tenham sido vacinadas previamente) |
900 mil pessoas | Pessoas entre os 50 e os 64 anos com pelo menos uma das seguintes patologias: Diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica (TFG > 60ml/min), insuficiência hepática, obesidade (IMC>35kg/m2), hipertensão arterial ou outras patologias a ser definidas posteriormente. |
Na 3ª fase será vacinada toda a restante população residente em Portugal.
Caso dos calendários de chegada das vacinas não forem cumpridos, serão serão então definidos um terceiro e quarto grupos prioritários.
De acordo com o plano “Não há dados suficientes para recomendar a vacinação de crianças e grávidas” e apesar das vacinas apresentarem “imunogenicidade em pessoas com mais de 65 anos, os dados acima dos 75 anos são ainda limitados”.
Portugal adquiriu cerca de 22 milhões de doses representando um investimento entre 180 e 200 milhões de euros.
Uma vez que os resultados dos ensaios clínicos de fase 3 ainda não são conhecidos para nenhuma das vacinas em desenvolvimento, estas ainda não foram avaliadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e ainda não esta autorizada a sua utilização na União Europeia.