[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] ENTRE COLETES AMARELOS – os genuínos, que por acaso são verdes Andar pelas ruas de Paris e conversar com os parisienses, sobre os parisienses, sobre os portugueses, sobre os europeus, sobre ninguém. Nunca há, claramente, um discurso comum, pois os povos não são comuns nem se vergam ao peso do discurso comum, mas têm coisas comuns nos seus universos mais ou menos sofisticados, lá isso têm. Conversei, todavia, com o incomum, posso asseverar. Pierre é professor de Filosofia e oferece-me um livro de Beatriz Sarlo, Sete…
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Crónica de Alexandre Honrado | Noite de Natal para lá da idolatria
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Em noite de Natal falo sobre religião com pessoas de muito diferentes convicções e mais uma vez me espanto com o domínio dos textos religiosos exibido por um dos ateus presentes. É aliás um hábito dos ateus participar com o maior dos entusiasmos na festa do Natal, sabendo tratar-se da evocação simbólica da data convencionada para o nascimento de Jesus. Celebram e sublinham que datas como esta, em que um dos mestres da Humanidade se celebra com vigor e universalidade, deviam ser repetidas e promovidas ao…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado | O Digital Próximo da Religião (a época do Deus mercadoria)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] O DIGITAL PRÓXIMO DA RELIGIÃO (a época do Deus mercadoria) Discutíamos há poucos dias, em ambiente académico, a relação entre conectividade tecnológica e conexão cultural, estabelecendo-se então a dúvida: afinal a que estamos ligados? Sem entrar nos domínios da reflexão, sempre motivadora de acalorados argumentos, do que será, afinal, em especial nos nossos dias, uma estrutura de crença e, nessa, que lugar ocupa o religioso no homem contemporâneo, demos com um exemplo que se nos afigura motivador, estimulante e a um mesmo tempo ligado ao tema…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – Nos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] A maior aniquilação pode ser desencadeada numa grande cultura – é o que justifica a queda de grandes edificações culturais de outrora, persas, gregos, romanos, outros que se reduziram a uma insignificância do que tinham sido, pelo simples erro de se autodestruírem. Pensei nisto à saída do Museu do Oriente onde participei, com alegria, numa festa muito especial: a evocação do dia 10 de Dezembro, Dia dos Direitos Humanos, sessão comemorativa do 70º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Reuniu este acontecimento um punhado de gente…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado | O Homem, a Natureza, a Natureza do Homem
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] O Homem, a Natureza, a Natureza do Homem Quando, no liceu, éramos obrigados a estudar as ideias, algumas e em rápidas sínteses, do filósofo Emanuel Kant, ficávamos entre o mais absoluto desprendimento e a mais perfeita envolvência; só se ama ou odeia como dizia um dos nossos professores, pois nisto das ideias não há meios termos. Era uma época interessante, essa em que vivíamos, pois ao contrário de hoje estávamos ávidos de pensar. E alguns dos nossos mestres estavam desejosos de partilhar as formas como, em…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado | A cultura dos incultos
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] A cultura dos incultos A ilusão de que há uma “cultura portuguesa” ou mesmo uma “identidade nacional”, somada a outras, como a estranha convicção de que a cultura é uma coisa boa, ou que somos a língua que escrevemos – e não a que sentimos, aquela em que amamos e nos damos – faz das matrizes que interpretam Portugal e os portugueses parecerem estranhas quadrículas coloridas, um mapa de muitos pontinhos, cara com acne ou simplesmente uma forma pacóvia de desentender o multicultural (que somos) e as…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado – À espera do caldeirão
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] À ESPERA DO CALDEIRÃO Sempre que encontro José Gil – o filósofo português que o mundo mais atento reconhece – fico, sempre, entre o mais evidente estádio de maravilhamento, que economiza palavra e emana inibições, e a sensação de atrever-me a perturbar um cérebro de menino capaz de fulgores destinados a derrubar os momentos mais incapacitantes do quotidiano asperamente adulto. Oiço-o, a José Gil, com uma vergonha do meu saber tão pouco; outro tanto acontece quando o leio, nos livros nem sempre fáceis, das frases enormes…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado | Haverá um Brasil horrível à nossa espera?
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] HAVERÁ UM BRASIL HORRÍVEL À NOSSA ESPERA? Há efeitos surpresa na sociedade atual que merecem um vagaroso tempo de análise de reflexão. Como é que chegámos aqui, muitos se interrogam, e todavia parece que o caminho foi de todos, com todos, empurrando-se todos pelo pequeno terminal do funil, depois de atrás ficar esquecida a entrada grande que nos trouxe aos apertos. O resultado é miserável: programas de televisão pouco mais que pornográficos, corrupção nos locais mais inesperados, a troca da saudável sensação de praticar ou ver…
Ler maisCrónicas de Alexandre Honrado – Permitimos a imbecilidade que somos (é simples)
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] Permitimos a imbecilidade que somos (é simples) Quando eu era miúdo o mundo era fácil de entender. Na Europa, esse continente que não o é – olhem para o mapa e verão como é uma pequena excrescência, pobre, da Ásia, com muitas manias intelectuais e autocentradas – havia pelo menos três ditaduras de fôlego que viviam dos seus crimes e autoritarismos: a portuguesa, a espanhola e a grega; na continuação desse continente uma superpotência, reedição atualizada do potente regime despótico dos Romanov que ensombrou séculos e…
Ler maisCrónica de Alexandre Honrado | Viva Bolsonaro!
[sg_popup id=”24045″ event=”onLoad”][/sg_popup] VIVA BOLSONARO! “Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância.” Simone de Beauvoir A História é uma espécie de jogo infantil e que só faz algum sentido quando todas as peças se encaixam e o boneco acaba por ser funcional, agradável à vista, lúdico e capaz de nos entreter. A História é sempre uma reescrita – e sofre quase sempre de uma demência intensa, a par com um tipo de Alzheimer sufocante, que reduz a memória coletiva…
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