Em comunicado, a Comissão Política Distrital PSD Lisboa Área Oeste tomou hoje posição acerca daquilo a que chama “da sistemática divisão dos Autarcas da região sobre a localização do novo Centro Hospitalar”.
De facto, os cuidados saúde no Oeste têm vindo a agravar-se de ano para ano com graves prejuízos para as condições de saúde e qualidade de vida de todos os Oestinos, constituindo neste momento um dos piores indicadores para a região.
A inércia dos sucessivos Governos muito contribuiu para que a resposta hospitalar no Oeste se tenha vindo a degradar e a tornar cada vez mais obsoleta do ponto de vista da eficiência dos recursos, chegando ao ponto de separar valências hospitalares essenciais por mais de cinquenta quilómetros de distância, com as evidentes consequências negativas para todos, utentes e profissionais dos serviços de saúde.
Acresce, que uma das razões para a atual situação nos cuidados hospitalares do Oeste decorre ainda da sistemática divisão dos Autarcas da região sobre a localização do novo Centro Hospitalar.
Face às habituais restrições financeiras do nosso país, sucessivos governos de diferentes maiorias aproveitaram as divisões na região para adiar sine dia uma decisão.
Finalmente, quando parecia que os Autarcas da região tinham concordado com um procedimento, através da realização de um estudo por uma entidade externa, capacitada, para analisar a dimensão de um futuro Centro Hospitalar, surgem agora novas posições sobre o assunto na região.
É entendimento da Comissão Política Distrital do PSD Lisboa Área Oeste que, colocar em causa o processo neste momento, em que o Ministro da Saúde e o Governo se prepararam para anunciar uma decisão (recordamos que o Ministro da Saúde se comprometeu em apresentar uma decisão até ao final do primeiro trimestre de 2023), não contribui em nada para a resolução do problema da saúde no Oeste, pelo contrário, é uma séria contribuição para o seu agravamento.
Se o caminho a seguir for o de reivindicar para a porta de cada um dos municípios o futuro Hospital do Oeste, então não iremos a lado nenhum e desta vez não vale a pena responsabilizar o Governo Central.
Sabendo que caberá sempre ao Governo a decisão da localização e dimensionamento do futuro Hospital do Oeste, julgamos que aos municípios caberá o papel de contribuir para que o processo decorra com celeridade, de forma justa para todos, e que promova a coesão territorial.