A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) anunciou ontem que vai apostar na acessibilidade e inclusão.
“A partir de agora, os visitantes do Convento de Cristo, Mosteiro de Alcobaça, Mosteiro da Batalha, Palácio Nacional de Mafra, monumentos classificados como Património Mundial e ainda do Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, terão à disposição maquetes volumétricas dos edifícios e réplicas e pormenores construtivos e decorativos, que poderão tocar e melhor apreender.”
A DGPC acrescenta ainda que “as maquetes volumétricas destes edifícios históricos e a reprodução de elementos construtivos e decorativos, de que são exemplo a janela Manuelina do Convento de Cristo, ou os túmulos do Mosteiro de Alcobaça, são materiais tácteis que foram produzidos para melhor poderem ser interpretados no decurso dos percursos expositivos, tornando desta forma o património mundial acessível a todos.”.
O projeto foi pensado para permitir aos visitantes destes monumentos uma “melhor compreensão dos espaços e, simultaneamente, responder às necessidades de pessoas com deficiência visual (cegas ou com baixa visão)”.
Também as mesas que suportam as maquetes foram projetadas para serem acedidas por todos, pelo que permitem a aproximação frontal e lateral de pessoas em cadeira de rodas, bem como o alcance por parte de crianças e de pessoas com baixa estatura.
Para estas mesas foram elaborados “textos sobre as peças táteis com tradução em inglês e braille e a criação e produção de vídeos com interpretação em Língua Gestual Portuguesa, legendagem e áudio disponíveis através de QRcodes aplicados nas mesas”.
O projeto inclui ainda uma componente de sinalética direcional visual “de alto contraste para orientar os visitantes nos percursos acessíveis em cada um dos edifícios indicados, que está a ser desenvolvida”.
Segundo a DGPC as duas componentes do projeto encontram-se inseridas num projeto de “Comunicação Acessível e Inclusiva” apoiado pelo Turismo de Portugal, numa candidatura apresentada ao “Programa Valorizar”, linha de apoio ao Turismo acessível – All for All, com um investimento de cerca de 159.000 euros.
A DGPC pretende alargar este projeto a todos os Museus, Monumentos e Palácios que lhe estão afetos.