Um ano de PAN em Mafra
Na Assembleia Municipal de Mafra de 28 de Junho, o PAN – Pessoas- Animais-Natureza apresentou um voto de protesto contra os eventos tauromáquicos no concelho de Mafra. Foram várias as vozes a fazerem-se ouvir contra o PAN, acusando-o de ser um partido extremista e alarmista.
É nossa opinião que, em pleno século XXI, abordar o tema do fim de eventos tauromáquicos não é uma posição alarmista nem extremista. Nos dias que correm, há uma maior sensibilidade para com a causa animal e são cada vez mais aqueles que já não se revêm neste tipo de espetáculos. O PAN representa um número crescente de portuguesas e portugueses e ao trabalhar para que estes eventos sejam abolidos está a cumprir o seu dever cívico de representação política do seu eleitorado. O PAN continuará a dar voz a estes milhares de pessoas e continuará a batalhar, de forma pacífica, para que estes espetáculos de sofrimento animal tenham um fim.
Contudo, o PAN vai mais além e não aborda somente os assuntos tauromáquicos. O nosso trabalho tem tido uma abordagem mais ampla, abrangendo os três pilares fundamentais do Partido: Pessoas, Animais e Natureza, com sugestões sustentáveis e exequíveis, que produzem efeitos benéficos para o concelho de Mafra. Quase um ano depois das eleições autárquicas, urge fazer um balanço do nosso trabalho e questionar até que ponto ter um partido como o PAN na oposição contribui para tornar Mafra mais progressista, sustentável e compassiva para com tudo e todos?
Nas 5 sessões ordinárias de Assembleia Municipal foram apresentadas pelo PAN 12 propostas, em forma de moção ou recomendação. Destas moções e recomendações 5 eram de cariz social/cidadania, 4 animal e 3 ambiental. Foram aprovadas 4:
– Formação em SBV (Suporte Básico de Vida) a todos os(as) estudantes do Ensino Secundário no Concelho de Mafra;
– Adaptação de um parque infantil do concelho a crianças em cadeiras de rodas;
– Instalação de bebedouros para enchimento de garrafas de água;
– Criação de uma rede de parques caninos no Concelho de Mafra.
Foram escritas 11 crónicas no Jornal de Mafra e participámos em 12 programas “Pensar Mafra” na Saloia TV.
No Facebook do PAN Mafra e PAN Oeste, respondemos a dezenas de mensagens privadas, e escrevemos outras tantas dezenas de mensagens no mural, informando, sensibilizando e alertando para situações no nosso concelho e a nível nacional.
Ao longo destes meses, comunicámos com Juntas de Freguesias, com a Câmara Municipal, reunimos 3 vezes com a vereadora com o pelouro do ambiente e com diversas associações. Chamámos a atenção para problemas diversos, às quais solicitámos respostas e apresentámos propostas que consideramos positivas para o concelho.
Tudo foi feito de uma forma transparente, sensata e moderada, sem causar alarmismos e evitando tons críticos e acusatórios. Jamais poderia ser de outra forma, pois o PAN surgiu da vontade de intervir na política de uma forma assertiva e prática. Consideramos que a politica tradicional do ataque e apontar o dedo, procurando focar nos problemas e não nas soluções, com forte interesse no crescimento partidário mais do que no interesse nacional e global, terá contribuído para um afastamento das populações na vida cívica do concelho e do país.
Da nossa parte, fica a certeza de que continuaremos a trabalhar para dar voz a todos aqueles que se identificam com os nossos princípios e pretendem um concelho onde se viva com verdadeiro bem-estar, onde pessoas, animais e natureza coexistam harmoniosamente.