OPINIÃO POLÍTICA | Matilde Batalha (PAN)
Liberdade de expressão
“ELES MATAM TUDO E NÃO DEIXAM NADA” era a frase que se lia num outdoor do PAN que se encontrava colocado na Avenida da Liberdade em Lisboa e que na madrugada do 25 de Abril foi vandalizado.
O sofrimento animal que a criação e o transporte de animais vivos para consumo humano acarreta, a forma como a indústria da carne tem contribuído para o aquecimento global, para a contaminação dos solos, para a desflorestação e a falsa bandeira da “proteção da biodiversidade” levantada pelo setor da caça foram o mote para a nova campanha do PAN que já anda nas ruas e da qual este outdoor faz parte.
“Posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de dizê-lo” Evelyn Hall
Comunicarmos uns com os outros e expressarmo-nos livremente é fulcral para viver numa sociedade aberta e justa. A liberdade de expressão é um dos direitos, liberdades e garantias consagrados na Constituição da República Portuguesa e recebe também proteção na generalidade dos instrumentos jurídicos internacionais em matéria de direitos humanos. Esta liberdade integra o direito de exprimir e divulgar livremente o pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informado, sem qualquer discriminação, impedimento ou limitação, nomeadamente por qualquer tipo de censura. É a troca de ideias, das discussões e do diálogo que encoraja a sociedade à mudança.
Aos que não concordam, silenciar é em si um crime contra os direitos humanos. O PAN continuará sempre a dar voz aos animais, a denunciar os maus tratos, a pugnar pela sua defesa, assim como da natureza e dos direitos humanos. E connosco estão muitas pessoas da sociedade civil que não se identificam nem com o que aconteceu na Herdade da Torre Bela, nem nas demais herdades e caçadas que dizimam os animais por esse país fora e que ainda põem em causa a o meio ambiente com o chumbo que deixam para trás.
A liberdade continua a ser um direito que continuamente devemos lutar por manter e expandir. Direitos Humanos, Sociais e direito da Natureza, de respeitar a liberdade e os habitats de todos os seres que connosco habitam este planeta, caminhando de uma visão antropocêntrica (Humanidade no centro do Universo) para uma visão biocêntrica (a Vida e a sua biodiversidade no centro do Universo). Estamos todos interligados e o a forma como utilizamos os recursos, é desequilibrada e em muito, desumana. É esse o princípio na base de todas as causas que defendemos.
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