OPINIÃO POLÍTICA | José Martinez (CDU)
Viva a 44ª Festa do Avante! Contigo Vamos Construir a 45ª.
A minha primeira crónica da temporada 2020/2021, datada de Setembro de 2020, começou assim:
“A Realidade e a Percepção
A Hipocrisia e o Cinismo
A Coluna Vertical e o Servilismo
A Festa do Avante e o Trumpismo
Poderiam ser títulos da minha primeira crónica do pós Festa do Avante! de 2020.
Poderia denunciar os ataques ao PCP mascarados de preocupações de saúde pública.
Poderia desmascarar a mentira e a deturpação dos propósitos da Festa propaladas pela comunicação social dominante bolsadas pelos comentadores de serviço.
Poderia evidenciar a orquestração construtora de percepção com que tentaram mascarar a realidade instrumentalizando o medo para impedir ou condicionar a sua realização.
Poderia enfatizar a verticalidade do PCP que não cedeu à “percepção”, o que não aconteceu até a titulares de Órgãos de Soberania, que depois de a fomentarem com intervenções contributivas, se serviram dela, da percepção, para fazer de conta que tinham uma postura isenta.
Mas não, o título desta minha crónica é:
Viva a 44ª Festa do Avante! Contigo Vamos Construir a 45ª.”
E aqui estamos chegados às vésperas da 45ª Festa do Avante!
O que podemos garantir é que não há festa como esta!
Esta, a deste ano, é única, nunca houve outra igual e não haverá outra igual a esta.
É desta forma que construímos a Festa, é desta forma que estamos na vida, sem saudosismos do passado, sempre de olhos postos no futuro.
Sem saudosismos do passado, mas com orgulho do que somos, sem dúvida produto do que fomos, e neste ano não faltará na Festa a oportunidade para celebrarmos os 100 anos do partido, do PCP.
As condições sanitárias não serão, ainda as ideais, a pandemia não foi vencida. A estratégia para assegurar a saúde, de única responsabilidade dos chamados países ricos, foi a de explorar o filão das vacinas em vez de tentar eliminar a pandemia parecendo até que o que pretendem, servindo os interesses da “big pharma”, é transformar a pandemia em “endemia” dos países mais ricos que para se defenderem das variantes dos países que, por falta de recursos próprios, os países menos ricos, quiçá mais explorados, continuarão a “exportar” a doença, garantindo desta forma, a venda sucessiva de “doses” que garantam a boa cotação das farmacêuticas nas bolsas!
Mas eu quero é falar da Festa! Quero que a Festa volte a ser uma pedrada no charco, que abra a porta à VIDA, que tal como no ano passado, derrotada a campanha que visou impedir a realização e, depois limitar e impedir a participação, explorando medos, que teve como porta vozes os do costume mas, lamentavelmente até a quem cabia, de forma didática, mostrar o exemplo de que é possível, conciliar a defesa da saúde com a vida, com as artes, com a economia desde que a opção seja o esclarecimento e não as “proibições”, tiques que o nosso povo já derrotou no passado e que de forma exemplar continua a derrotar adotando o que é essencial para a saúde e parodiando o “anedótico”.
Mas eu quero é que a Festa seja um espaço de liberdade, que tenha um funcionamento exemplar, que mostre que a iniciativa, a responsabilidade a coragem e confiança são valores da liberdade, da democracia, da fruição da cultura e de diferentes expressões da vida essenciais à saúde, ao bem-estar e à concretização dos direitos dos trabalhadores e muito mais portadoras do que o investimento focado no lucro e na especulação.
Vamos todos à Festa do Avante!
Lá estarei, eu, os meus camaradas e os que não sendo camaradas a ajudaram a erguer, para te receber, como MERECES.
Mafra, 22 de Agosto de 2021.
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