Avançar é preciso!
Entrou em vigor, em Lisboa, o passe família que representa mais um avanço na redução dos custos dos passes sociais.
A CDU foi decisiva para mais este aumento do rendimento disponível das famílias. Nenhum agregado familiar pagará mais de 80 euros por mês com as suas deslocações em transportes público no interior da AML.
Uma família com quatro pessoas maiores de 12 anos, em Abril passou a ter um custo com as deslocações de 160 euros, a partir deste mês, Agosto, não pagará mais de 80 euros.
Esta é uma medida verdadeiramente avançada, medida pela qual, o PCP e o PEV há muito se batiam e que, durante muitos anos, contaram com a oposição – ou indiferença – das restantes forças políticas. As vantagens vão muito para além da poupança que permite nos orçamentos familiares, com toda a importância e significado que isto tem: constitui também das medidas «mais avançadas e modernas na redução do carbono e melhor ambiente».
Só uma acção concertada, sem “chauvinismos” bacocos, por todo o país, permitiu os avanços agora registados, mais significativos na Área Metropolitana de Lisboa (o que não é por acaso, há certamente um paralelo com a força da CDU).
O PCP compromete-se a pugnar para que o financiamento do passe social não fique dependente da vontade de um qualquer governo, mas passe a estar consagrado em lei da República. O PCP apresentou um projecto de lei neste sentido, que será discutido e votado na próxima legislatura. Com esta medida pretende-se, «tornar mais difícil qualquer tentativa de voltar atrás nesta tão importante e justa conquista do povo português, obtida com muita luta, com determinação e com a força dos utentes e da CDU».
Está tudo feito? Não.
Apesar do avanço significativo que estas medidas constituem, a Coligação PCP-PEV continua a ter no horizonte a gratuitidade dos transportes públicos.
Conquistar o que falta
No plano partidário, ninguém mais do que as forças que integram a CDU se batem há tanto tempo e de modo tão tenaz pelo alargamento da oferta de transportes públicos e pela contratação dos trabalhadores necessários à prestação de um serviço público de qualidade. Só assim os avanços verificados ao nível dos passes sociais se farão sentir em toda a sua plenitude.
Assim, e para além de continuar a lutar pela extensão dos passes sociais intermodais mais baratos e abrangentes às regiões onde estes ainda não vigoram, a Coligação PCP-PEV reafirma a exigência de alargamento da oferta de transportes públicos – «mais comboios, mais barcos, mais autocarros». Os munícipes de Mafra podem contar com o PCP e com o PEV para desenvolver acções políticas e participar nas acções que os munícipes entendam necessárias para assegurar a oferta de transportes que, esperamos, momentaneamente, está desajustada.
Tinha previsto para esta crónica falar-vos um pouco sobre a Festa do Avante, a grandiosa Festa que todos os anos nos serve para mostrar o que a comunicação social comprometida com o grande capital esconde. Fica para a próxima.
E já agora um registo:
O Navegante Metropolitano dá para ir à Festa.
Pode ler (aqui) outros artigos de opinião de José Martinez
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