Opinião Política – Alexandre Nascimento (Partido Aliança)
Já vimos este filme. Surpreendentemente… estamos outra vez na fila para comprar bilhete
Não me recordo de tempos de tanta hipocrisia, tanta irresponsabilidade, tanto disparate, tanta mentira… não me recordo de uma equipa governamental tão incompetente como esta! Sim… talvez nem a de Sócrates!
Sentados no sofá, em casa, e depois de assistirem a constantes contradições acerca do evoluir da Pandemia e das medidas a tomar, depois de milhares de empresas à beira da falência, de milhões e milhões enterrados no Novo Banco, de armas roubadas de um paiol militar com a conivência de um ministro, de agressões bárbaras pelo SEF, de computadores para as escolas há muito prometidos e que só agora foram encomendados, de sucessivas nomeações de familiares para cargos no Executivo, de graves irregularidades na indicação de um Procurador Europeu, de uma gestão absolutamente inqualificável e sem controlo na vacinação da população e de tantas e tantas outras leviandades cometidas à conta do erário público e à revelia de um Estado democrático e de Direito… os portugueses são agora confrontados com a dura realidade dos factos e com duas das mais gravosas consequências de cinco anos de governação desastrosa e absolutamente inútil: os índices de Corrupção e a dimensão da Dívida Pública.
O, agora divulgado, relatório de 2020 do organismo internacional para a transparência (TI) revela que os índices de corrupção em Portugal são os mais altos desde 2012, bem abaixo da média da União Europeia, um dado que deveria fazer o Executivo do Sr. Costa corar de vergonha e que nos deveria pôr a pensar acerca dos nossos níveis de participação. A juntar ao banquete socialista, o Banco de Portugal atualizou, esta semana, os dados da dívida pública nacional, que aumentou, com este governo, mais 20 mil milhões durante o ano passado, para valores insustentáveis… uma dívida de mais de 270 mil milhões de euros… quase 131% do PIB nacional… o valor mais alto desde que existem dados… nunca estivemos tão endividados como hoje. Mas tudo bem, alguém virá, depois, para fechar a porta (tem sido sempre assim).
Os dias vão passando… a pandemia vai evoluindo… os sucessivos confinamentos vão tratando de arrumar uma certa agenda ideológica… e é isto! Observamos tudo. Impávidos e serenos, como se o País estivesse completamente anestesiado.
Vivemos em “Modo sobrevivência”… ligados à máquina!
É estranho! Vemos tudo isto a acontecer debaixo dos nossos olhos e não reagimos, não fazemos nada. Às vezes tenho a sensação de que, para além de condicionarem os nossos movimentos e as nossas vidas, a pandemia e os sucessivos confinamentos estão também a condicionar a nossa perceção da realidade.
Por impossível que possa parecer, somos, de facto, um povo masoquista e de fraca memória. Exatamente as mesmas derivas ideológicas, os mesmos compadrios e lobbies, as mesmas teimosias, a mesma incompetência… as mesmas mentiras e disparates que nos levaram a três bancarrotas e a três pedidos de ajuda externa (sempre com o PS no poder). Já vimos este filme. Surpreendentemente… estamos outra vez na fila para comprar bilhete.
Esta pandemia começou por matar pessoas… à boleia de um governo tendencioso e perigoso está a matar a Economia e, em breve, esta parceria PS/Covid acabará por matar o que resta deste País.
Quando o Centro-direita quiser ter a responsabilidade de colocar os interesses do País à frente de agendas políticas internas talvez encontre apenas cacos para apanhar e colar… uma vez mais!
Quando os portugueses tiverem a ousadia de sair do marasmo e de romper com esta deriva socialista, errática e irresponsável, vão encontrar apenas sobras de um País… que vai sobrevivendo a muito custo, ligado ao ventilador “Europa”.
Quando Portugal acordar (se acordar), pode já ser tarde! Esperemos todos que não!
Depois não digam que não avisei…
Alexandre Gomes do Nascimento
Vice-presidente do Partido ALIANÇA
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