Marta Temido, Ministra da Saúde, sublinhou que “no curto e médio prazo não vamos erradicar a doença e temos de aprender a viver com a SARS-CoV-2”, referindo ainda que “toda a agenda que está em construção, toda a preparação que está a ser feita não significa que o problema esteja ultrapassado, apenas começamos a antecipar a luz ao fundo do túnel, mas ainda lá não chegamos”.
O alívio das medidas de confinamento “não dispensa, bem pelo contrário antes exige por maioria da razão o respeito por todas as medidas de saúde pública que aprendemos, como o distanciamento social, a higienização, a etiqueta respiratória e a máscara social em espaços fechados e muito frequentados quando tal vier a acontecer”. Esta preparação “também não significa um regresso à normalidade, esse regresso só será possível quando uma vacina ou um tratamento efetivo forem encontrados”. Quer a preparação quer a sua eventual aplicação “será reavaliada e modificada em função da evolução das circunstâncias sendo antecipável que o progresso se construa com avanços e recuos que correspondem a uma estratégia e a um pensamento”.
Questionada sobre as evidencias de que as pessoas abrandado o confinamento nos últimos dias, Graça Freitas, Diretora-Geral da Saúde, referiu que se “começa a notar, sobretudo nos dias mais soalheiros, algum desconfinamento da população” acrescentando que “nós não podemos abrandar o nosso nível de contenção” , acrescentando que “mesmo que se venha mais para a rua para realizar o dito passeio higiénico, cotatar com o ar livre, apanhar sol também nos faz bem, temos de faze-lo de forma regrada, evitar ajuntamentos, não irmos todos para os mesmos sítios”. Deverá ser sempre criado entre as pessoas o distanciamento social de modo a que a “ida para a rua não se torne num motivo de convívio”.
Graça Freitas sublinhou ainda que “quando voltarmos dentro de pouco tempo a frequentar determinados espaços vamos ter de continuar a observar essas regras, vamos ter de ter o cuidado de cumprir o que nos é pedido para não nos juntarmos, para não estarmos demasiado próximos e para não transmitirmos a doença”.
“É deste equilíbrio que vamos ter de viver nos próximos tempos” tentar manter a nossa saúde metal, tentar manter a sociedade a funcionar, a economia a funcionar mas não por em risco a saúde pública e para isso os nossos comportamentos vão fazer toda a diferença”.