A ministra da saúde, Marta Temido, não considera que falar “aos portuguese e às portuguesas com verdade e com transparência seja um convite ao aligeiramento, é sim um convite à responsabilidade”. A ministra considera que as portuguesas e os portugueses têm “maturidade suficiente para perceber com tudo o que temos dito sobre esta pandemia que até à descoberta de uma vacina ou de uma cura não estamos livres do vírus”.
O facto de o pico, a incidência máxima se ter situado provavelmente entre 23 e 26 de março, ou seja, num momento passado “responsabiliza as pessoas, não as desresponsabiliza” uma vez que “se os comportamentos não forem adequados a uma manutenção do distanciamento, do confinamento, da utilização de um conjunto de medidas protetoras teremos um recrudescimento”. Marta Temido referiu ainda que tem tido “sempre a transparência de dizer aos portugueses que não podemos afastar do horizonte nem novas ondas nem sequer um recrudescimento da doença”.
Existe a necessidade de “equilíbrio entre dois aspetos, a manutenção da doença a um nível que seja gerível pelo sistema de saúde, com o mínimo de casos novos confirmados e o mínimo de óbitos por covid, mas também a necessidade individualmente sentida, socialmente sentida de lidarmos com as nossas reações adversas ao confinamento e designadamente o impacto disto tudo na economia”.