Malveira | Largo da Feira – Casa de Cultura poluída visualmente por dezenas de pilaretes laranja

 

Após ter sido alvo da recolha de opiniões da população, numa sessão muito concorrida que ocorreu na Malveira e após ter sido alvo de um concurso para apurar o projeto vencedor, a 6 de dezembro de 2019, a Câmara Municipal de Mafra lançou um concurso público no valor de 4,2 milhões de euros, para a requalificação do Largo da Feira da Malveira e da Avenida José Batista Antunes, .

Um dos objetivos da empreitada passava por “Preservar o chafariz, classificado como imóvel de interesse patrimonial, atendendo ao seu valor histórico”, efetivamente o chafariz mantém-se firme no seu lugar.

O preservado chafariz está agora acompanhado por uma estrutura em forma de tanque, que aparentemente se destina a receber água, completando de algum modo, no plano visual, o propósito do próprio chafariz.

Frente à entrada da Casa de Cultura da Malveira, antiga casa da família Canas, edifício cuja reabilitação em 2020 custou 918 mil euros, e ao lado do chafariz e do tanque está agora um novo parque infantil.

Um parque infantil que terá ao seu lado  uma estrutura ao nível do solo, em forma de tanque, que aparentemente se destina a receber água, exigirá uma grande atenção aos pais que ali levarem as suas crianças, podendo constituir-se num equipamento especialmente perigoso localizado numa zona sensível.

Este parque infantil encontra-se situado em frente da entrada da Casa de Cultura da Malveira e está, como vimos, rodeado de algumas dezenas de pilaretes cor de laranja, que limitam o recinto a ser utilizado pelas crianças.

Assim, o parque infantil constitui-se numa obstrução visual da Casa de Cultura da Malveira, que  fica desqualificada no enquadramento do largo, relegada para um segundo plano e ofuscada por uma selva de pilaretes “luminosos”.

Plantar dezenas de pilaretes com grande impacto visual, num espaço que é urbano e que não está acompanhado de mobiliário ou de arte com igual impacto visual, representa uma agressão para os olhos e para a paisagem.

A proposta de projeto vencedora é de 2016 e tem a chancela do arquiteto Filipe Cardoso, tendo considerado a intervenção num espaço de 37 000 m

A empreitada foi ganha por uma empresa bem conhecida no concelho de Mafra, a Aeci – Arquitectura, Construção e Empreendimentos Imobiliários S.A. O contrato é de abril de 2020 prevendo-se que as obras se concluam ‎a 24‎ de ‎novembro.

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