Mafra | Trabalhos complementares deixam mais cara nova Unidade de Saúde

Unidade de saúde Mafra Oeste

Mafra | Trabalhos complementares deixam nova Unidade de Saúde mais cara

 

Em setembro de 2022 era aprovada em reunião do executivo camarário, a assinatura de um protocolo de colaboração com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo destinado a “instalação da unidade de saúde de Mafra Oeste” (ver artigo).

Em fevereiro de 2023 a nova Unidade de Saúde Mafra Norte II já em fase de projeto (ver artigo) e o lançamento da primeira pedra da sua construção aconteceu a 8 de abril de 2024 (ver artigo), depois de obtido o Visto do Tribunal de Contas.

Esta nova unidade, com uma área de construção total de 3 1548,63 m², será servida por 246 lugares de estacionamento e terá um só piso, onde o espaço central apresentará a entrada principal, sendo o elo de distribuição para todos os módulos, que incluem as zonas de Entrada/Receção/Espera; Unidade de Saúde, Unidade de Cuidados na Comunidade; Apoio Administrativo/Geral e Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados. A cave será destinada a arrumos gerais e zonas técnicas.

Localizada junto à EN 9-2, no Gradil, a nova Unidade de Saúde Mafra Oeste, será uma unidade de saúde familiar que abrange cerca de 11 mil habitantes, agregando as atuais unidades de Enxara do Bispo, Gradil, Vila Franca do Rosário e Azueira.

Com um prazo de execução de 540 dias (18 meses), inicialmente a empreitada orçava os 3.665.786,00 €, sendo financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) (ver artigo).

Trabalhos complementares

Na reunião do executivo da câmara de Mafra da passada 6.ª feira foi aprovada a realização de trabalhos complementares, apresentada pelo empreiteiro, com o valor de 327.698,65 € + IVA.

Segundo os documentos a que o Jornal de Mafra teve acesso, os trabalhos complementares “indispensáveis para garantir a correta execução da empreitada” prendem-se sobretudo com o facto do solo ser bastante heterogéneo e de fraca qualidade.

Lista de trabalhos complementares:

  • Execução de pegões em maior quantidade e maior dimensão devido ao solo ser bastante heterogéneo e de fraca qualidade. Apesar de se ter realizado um estudo geotécnico, não foi possível prever esta heterogeneidade significativa do solo;
  • Instalação de coletor de águas pluviais de forma a encaminhar as águas superficiais para a linha de água visto que o projeto contemplava a execução de 2 poços absorventes, contudo, face às características do solo existente, agora constatadas, a solução de projeto não é adequada;
  • Ampliação do muro de contenção de terras, existindo a necessidade em aumentar a altura do mesmo devido às características do solo, que não se verificaram adequadas para assentar as fundações do mesmo, bem como aumentar ligeiramente o comprimento do muro, a fim de conferir maior segurança à estrada contigua;
  • Trabalhos de escavação e aterro em maior quantidade do que o previsto. Por se tratar de solos com coesão e resistência reduzida, foi necessário executar taludes com menores pendentes e consequentemente maior volume de escavação;
  • Nas zonas do estacionamento e circulações, verifica-se a necessidade de realizar um saneamento em  maior profundidade do que o previsto e, consequentemente, maior escavação com transporte a vazadouro e aplicação de maior volume de enrocamento e tout-venant.

 

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