Na Estrada de Almada, em Mafra, vila com palácio, com business factory (na língua de Camões, uma incubadora de empresas), com IMI (imposto municipal sobre imóveis) na taxa máxima, com Escola das Armas, com cerca de 900 funcionários camarários, numa edilidade que lida com um orçamento de 50 milhões de euros, com uma Junta de Freguesia com competências delegadas da câmara, existe um parque infantil onde só os célebres ratos do Convento se sentiriam em casa.
Junto ao portão de entrada deste parque pode ler-se: “Este parque foi construído para proporcionar alegres momentos de convívio às nossas crianças. Estime-o!“. Como se pode ver pelas imagens, as entidades responsáveis pelo parque têm-no estimado…
Apetece perguntar, que crianças se pretende que brinquem neste parque? Filhos e netos de quem? Será preciso pagar mais impostos para que os equipamentos urbanos sejam bem cuidados? Não será chegado o momento de substituir os amigos lá de casa ou os mestres-escola sem experiência de gestão pública, por gestores qualificados, atentos e experimentados? Por gente (laranja, rosa, vermelha ou azul, tanto faz) que respeite os filhos dos eleitores e dos contribuintes e não deixe chegar parques infantis ao mesmo estado de degradação a que se deixou chegar os carrilhões, cuja degradação se critica tão veementemente, e com toda a justeza?
