Os herdeiros da família Canas (Malveira) doam à Câmara Municipal de Mafra bens e objetos de caráter religioso relacionados com o culto da igreja católica apostólica romana, destinados à Capela/Ermida Senhora do Monte do Carmo, sita na Venda do Pinheiro.
Valerá a pena realçar o facto de a Câmara Municipal de Mafra, uma entidade pública, num país com uma lei constitucional que declara o estado como laico, ser proprietária de pelo menos dois templos do rito católico, a capela em referência e a igreja da Murgeira, nas quais investiu alguns milhares de euros.
Os bens ligados ao rito católico, agora doados à Câmara de Mafra são os seguintes:
- Um painel de azulejos “Adoração dos pastores” (que está à ordem do Ministério Público no contexto de um processo por roubo, de que foi alvo a referida capela)
- Estátua “Santa ou Nossa Senhora do Monte do Carmo”
- Figuras de Santos: Santo António; São José; São Sebastião; Pedra com cruz embutida/esculpida
Para concretizar a doação, os doadores exigem: o restauro dos referidos bens; os bens em causa só poderão sair da Capela por motivos de força maior (restauro dos mesmos) e pelo tempo indispensável ao mesmo e ou para evitar danos (no caso de incêndio da Capela) ou perigo de furto (atos de vandalismo); ser afixada uma placa única em local visível de agradecimento à família Canas; os bens doados não poderão ser alienados.
Na próxima sessão de câmara, a qual não contará com público, estando também vedada à comunicação social, a proposta de aceitação dos bens e das condições de doação impostas pelos herdeiros da família Canas irá ser discutida e certamente aprovada pela maioria absoluta do PSD que governa o município.
Excelente e importante dádiva deste património , para enriquecer bem mais todo o espólio de obras e monumentos existentes no conselho e em que há uma ressalva desta doação que se tem que enaltecer e referir , que é a de que ; Com condições de que ……. ipso facto. Bem Hajam
Excelente notícia. Uma doação importante para o património municipal, sem dúvida alguma. Oxalá seja aprovada. Qualquer partido ou político com o mínimo de consciência cultural votará a favor da aceitação.