Mafra || O Xerife de Nottingham passou ontem pela sessão da Assembleia Municipal

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Decorreu ontem em Mafra, uma sessão ordinária da Assembleia Municipal. Mais uma vez, a única força política com assento na assembleia, que não se fez representar, foi o Bloco de Esquerda.

A história desta sessão faz-se pela aprovação histórica de uma moção de saudação ao 25 de abril de 1974, incluindo a aposição do nome do capitão Salgueiro Maia a uma praça ou artéria da vila de Mafra, moção esta apresentada pelo PS, que passou com votos favoráveis de todas as bancadas, incluindo o voto favorável do PSD, à exceção do deputado social-democrata David Sardinha. Já uma moção da CDU, também de saudação ao 25 de abril, mas com uma linguagem mais datada, embora tendo obtido a aprovação das bancadas do PS, do PAN e da própria CDU, esbarrou com o voto desfavorável do PSD e não foi aprovada.

Pela voz de Miguel Samora (PS) voltou à cena uma critica à já tradicional não comemoração oficial do 25 de abril no concelho de Mafra, “ao PSD Mafra falta um novo 25 de abril”, disse aquele deputado municipal, mas a sua argumentação, que passava por também comemorar o 25 de novembro, não demoveu a bancada da maioria do PSD, que se manteve fiel às suas tradições abolicionistas.

As novas tarifas dos transportes foram um ponto de unanimidade na assembleia, tendo visto aprovadas duas moções a este respeito, apresentadas pelo PSD e pelo PS.

Por iniciativa do PSD, com a concordância de todas as restantes bancadas, saudou-se a decisão da Câmara Municipal, de abolir no concelho, a utilização de glifosato nos espaços públicos.

Por fim, a discussão das contas de 2018 foi coroada por três intervenções dignas de nota. Desde logo a intervenção do responsável direto por essas contas, o vereador Hugo Luís (agora promovido a presidente da comissão política do PSD Mafra), que procurou minimizar o saldo negativo do exercício de 2018. Por outro lado, o voto de abstenção do PS Mafra, também é, politicamente, digno de nota. Finalmente, quando se trata de análise financeira, José Martinez, economista e deputado municipal pela CDU, foi o protagonista da noite, ao comparar o presidente Hélder Silva ao Xerife de Nottingham, o mauzão dos filmes de Robin dos Bosques, que carrega de impostos a população do condado de  Nottingham, ou de Mafra, na comparação daquele deputado da CDU, na avaliação negativa que fez às contas de 2018.

Nota final para uma situação caricata, cremos que única no país. Numa sala nova e cara, com todas as mordomias modernas em termos de comunicação, quando ocorre uma apresentação que beneficia da utilização do ecrã, os elementos que constituem a mesa têm de se levantar e abandonar o seu lugar, caso contrário, as suas sombras impedem o bom visionamento das imagens projetadas. Por falar em projetar, terá nome o profissional que decidiu e implementou aquela opção técnica?

ATUALIZADO em 18-4-2019 20:51

 

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