Mafra | Câmara pede um estudo fitossanitário das árvores do concelho

Jardim do Cerco

Em plena pandemia, com um aparente segundo surto de covid-19 à vista, trazendo a seu reboque um cortejo de exigências e de problemas financeiros, económicos, sanitários e sociais, a Câmara Municipal de Mafra (CMM) tomou a decisão política de investir 67 650,00 € num “Estudo Fitossanitário do Património Arbóreo existente no Município de Mafra“.

Contactada pelo Jornal de Mafra, a câmara afirma que este estudo “tem por objeto todo o património arbóreo público do Concelho de Mafra, com especial incidência no Jardim do Cerco“. Acrescenta a CMM o referido estudo “visa contribuir para a preservação dos exemplares arbóreos com elevado interesse patrimonial existentes no Concelho de Mafra, detendo sintomas e sinais de doença e pragas, problemas fisiológicos e defeitos internos e/ou externos, avaliando o potencial risco de rotura e, com base neste diagnóstico, delineando intervenções a realizar, visando a conservação do arvoredo e a segurança de pessoas e bens“.

O estudo, que parece ter por foco principal o Jardim do Cerco – espaço que com o Palácio e a Tapada constituem Património Mundial da Unesco – foi entregue a uma empresa de Colares – Sintra, a Sequoia Verde, Lda., sendo que os trabalhos se irão desenvolver ao longo de um ano. No entanto, pode ler-se nas clausulas do contrato, que “a prestação de serviços no âmbito do contrato em apreço será executada através de pedidos parcelares, conforme as necessidades de serviço verificadas e de acordo com as indicações do Gestor de Contrato, sendo que os trabalhos indicados como prioritários deverão estar concluídos, com a apresentação de um relatório, num prazo máximo de 60 (sessenta) dias após a outorga do contrato“.

Perguntámos à CMM, que trabalhos “objetivamente” são estes, que sendo “considerados prioritários deverão estar concluídos com a apresentação de um relatório, num prazo máximo de 60 (sessenta) dias após a outorga do contrato“, mas a resposta não foi conclusiva, remetendo para “aqueles [trabalhos] que, sendo detetados no decurso das rotinas de avaliações, durante ações de manutenções dos espaços verdes ou mesmo no decorrer de uma intempérie, poderão carecer de uma intervenção prioritária, face ao estado de conservação da árvore“, ficando a ideia de que os espaços alvo  do referido relatório

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