A 14 de outubro de 2011 nascia, na Ericeira a Reserva Mundial de Surf. A primeira até hoje a nível europeu e a 2.ª Reserva a ser distinguida a nível mundial.
O surf chegou à Ericeira nos meados da década de 1970 e a sua diversidade de ondas, do quebra-mar até os recifes, com vários graus de dificuldade, tornaram a Vila num destino para surfistas desde os iniciados até aos profissionais.
Com 4 km de extensão, entre as praias da Empa e de São Lourenço, e com as suas mais conhecidas e desafiantes 7 ondas: Pedra Branca, Reef, Ribeira d’Ilhas, Cave, Crazy Left, Coxos e São Lourenço, a Reserva Mundial de Surf da Ericeira tem-se vindo a impor no mundo do surf, mostrando-se como uma aposta ganha em termos desportivos e em termos turísticos.
Atualmente, são 11 as Reservas Mundiais de Surf, mas em 2011, a Reserva Mundial de Surf da Ericeira foi a 2.ª Reserva a ser distinguida a nível mundial e a 1ª a nível europeu, mantendo-se até hoje como a única nível europeu.
A consagração foi-lhe concedida após negociação com a organização internacional Save the Waves Coalition tendo ficado a dever-se à “qualidade e à consistência das ondas, à importante história e cultura de surf local, à riqueza e sensibilidade ambiental da área e, ainda, à forte mobilização da comunidade”.
A Reserva Mundial de Surf da Ericeira ganhou entretanto um Centro de Interpretativo, na Ericeira e um guardião, em Ribeira d’Ilhas.
O Centro de Interpretativo foi inaugurado em junho de 2016, tratando-se de um projeto, cuja peça fundamental é uma mesa interativa com uma maquete topográfica da Reserva de Surf da Ericeira, um equipamento concebido para atrair não só os surfistas e os turistas, mas também a população local, embora não sejam conhecidos estudos de utilização.
A 16 de junho deste ano o Município de Mafra assinou um contrato (Consulta Prévia) no valor de 69.700,00 € para a “reformulação do Centro de Interpretação da Reserva Mundial de Surf da Ericeira”.
O Guardião da Reserva Mundial de Surf da Ericeira chegou a Ribeira d’Ilhas em 2017, tratando-se de uma estátua da autoria de José Queiroz. Segundo o autor “O surfista apresenta-se como se tivesse sofrido uma transformação anatómica causada pela adaptação ao meio aquático, inspirada pelo próprio movimento da água. Desta forma, assinala-se a extraordinária capacidade de adaptação do Homem, reinventando-se para evoluir”.
No início deste ano o Município de Mafra assinou um contrato com vista à “elaboração do Plano de Sustentabilidade da Reserva Mundial de Surf”.
