A 24 de agosto de 1863 realizam-se em Mafra, as cerimónias de inauguração do Asilo dos Filhos dos Soldados, cerimónias presididas pelo rei D. Luís.
O Asilo de Mafra, inicialmente instalado no convento do Varatojo, em Torres Vedras, foi transferido – por iniciativa de D. Pedro V – para a ala sul do Real Edifício de Mafra, e à época formava oficiais inferiores, hábeis coronheiros, espingardeiros e músicos.
A partir da “idade adequada” os asilados eram obrigados a “servir no exército por espaço de doze anos”, sendo que a alternativa apresentada aos asilados era o pagamento integral – no momento em que abandonava a instituição – dos montantes despendidos com a sua instrução e alimentação.
O asilo abriu as suas portas em Mafra com 57 alunos, que o marquês de Fronteira e Alorna definia como “uma súcia de gaiatos e garotos” de “toda a qualidade de pouca vergonha”.
O asilo foi extinto no ano letivo de 1873/1874, porque “os soldados, não podendo casar, não podiam ter filhos legítimos e o asilo, a manter‑se, destinar‑se‑ia aos filhos bastardos daqueles servidores da coroa”.
(…) aos rapazinhos do Asilo, bem armados e equipados, se ficou a dever a defesa do quartel de Mafra e a contenção da insurreição do batalhão chamado da Zambézia, ali verificada no ano de 1869.”, Tomás de Mello Breyner
A 24 de agosto de 1863, D. Luís distribuiu esmolas e prémios aos alunos do asilo e aos alunos de ambos os sexos das escolas da vila. No dia seguinte, o casal real ofereceu um banquete aos asilados filhos dos soldados.