Imagem do dia | D. João V
D. João V, conhecido como O Magnânimo, foi rei de Portugal de 1706 a 1750.
O seu reinado foi marcado por um grande esplendor, impulsionado pela riqueza proporcionada pelo ouro do Brasil. Com esses recursos, o rei promoveu construções monumentais, como o Palácio Nacional de Mafra, o Aqueduto das Águas Livres e a Biblioteca Joanina em Coimbra.
Além da sua paixão pela arte e pela arquitetura, João V fortaleceu a posição de Portugal na política internacional, enviando embaixadas luxuosas a diversas cortes europeias.
Apesar da grandiosidade do seu reinado, o seu governo enfrentou desafios, como a dependência económica do ouro brasileiro e a estagnação da indústria nacional. No final do seu reinado, a sua saúde debilitada e a redução da quantidade de ouro contribuíram para a instação de uma crise económica no país.
D. João V deixou um legado imponente, refletido na arte, na cultura e na diplomacia portuguesa.
O monarca recebeu também o epíteto de “O Freirático” dada a sua predileção por visitar conventos, onde mantinha ligações amorosas discretas, algo que relativamente comum entre a nobreza da época.
Uma das suas amantes mais célebres foi Madre Paula, do Convento de Odivelas. D. João V não poupou esforços para lhe garantir uma vida luxuosa, chegando a transformar a sua cela conventual em aposentos dignos de uma rainha. Dessa relação nasceu D. José de Bragança, que mais tarde se tornou, singularmente, inquisidor-mor.
O rei reconheceu oficialmente alguns filhos ilegítimos, conhecidos como os “Meninos de Palhavã”.
A imagem ilustra um evento ocorrido em 2019, no torreão sul do Palácio Nacional de Mafra.