Nos últimos tempos muito se tem falado acerca das camas disponíveis na área da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), motivo pelo qual Luís Pisco, presidente desta estrutura esteve na ultima conferencia de imprensa relativa ao ponto de situação da pandemia por covid-19 em Portugal.
A ARLVT abrange um universo de 3 milhões e 600 mil pessoas, cerca de 1/3 do pais, e conta com 16 hospitais dos quais 3 são hospitais que não tratam doentes covid, são eles o IPO o Instituto Oftalmológico Gama pinto e o psiquiátrico de Lisboa.
Os 13 hospitais que tratam doentes covid dispõem de 7 083 camas, 6 330 das quais são camas versáteis, que podem ser utilizadas por doentes covid ou não covid, existindo 753 camas que não podem ser utilizadas para outros fins para além dos quais estão alocadas, tratando-se de camas para transplantes, obstetrícia ou queimados, entre outros.
Das 6 330 camas, apenas 591 estão neste momento dedicadas a doentes covid, estando 503 já abertas a doentes covid, existindo na 6ª feira apenas 383 doentes internados.
Em relação as Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), existem 298 camas, 200 para situações não covid e 98 para covid. Estando neste momento 74 camas ocupadas com doentes covid.
O nível base de camas dedicadas ao covid nos 13 hospitais de Lisboa e Vale do Tejo é de 402 camas. Existindo vários níveis de contingência que variam com a situação epidemiológica, no nível I podem ser acrescentadas 169 camas, no nível II podem ser adicionadas 167 camas, existindo ainda um nível III, no qual é possível adicionar mais 179 camas. O numero máximo de camas que é possível alocar na ARSLV, sem comprometer toda a restante atividade hospitalar é de 917 camas.
Nas UCI o nível base conta com 75 camas destinadas a doentes covid. Também aqui existem vários níveis que variam com a situação epidemiológica. No nível I é possível alocar mais 29 camas, no nível II mais 44 camas e no nível III mais 37 camas. Na ARSLV, o número máximo de camas possível de alocar à UCI é de 185 camas.
Luís Pisco esclareceu assim que se “está distante de esgotar as camas que existem para doentes covid”.
No entanto, se se chegar ao limite, existem ainda outras estruturas hospitalares ou semelhantes que podem dar apoio ao internamento hospitalar e com as quais a ARSLVT tem acordos e parcerias, sendo um deles o Hospital das Forças Armadas, que poderia ceder camas para doentes mais graves ou para cuidados intensivos.
Para os casos menos graves o centro de atendimento militar em Belém tem 30 camas – que neste momento já estão ocupadas com doentes covid – e que servem os casos em que as pessoas já não necessitam de estar internadas em hospital, mas que ainda não podem ou não têm condições em casa para fazer o confinamento. Este número de camas poderá ser alargado para as 60 ou chegar às 90 se necessário.
O Arsenal do Alfeite tem acolhido pessoas em regime ambulatório, que necessitam de realizar quarentena e que não tem condições em casa.
A Proteção Civil tem ainda um levantamento de estruturas de retaguarda que existem na região ARSLVT, as quais poderão ser utilizadas em caso de necessidade.
Os hospitais que têm “estado debaixo de maior pressão” são o Beatriz Ângelo, em Loures, e Fernando da Fonseca, na Amadora, porque servem zonas com mais casos de covid-19, mas Luís Pisco afirmou que se está trabalhar com eles para procurar que sempre que estejam prestes a atingir o seu máximo, se consiga transferir doentes para outros hospitais.
Estimados,
Vi a vossa notícia com o título “Hospitais de Lisboa e Vale do Tejo “distantes de esgotar” as camas existentes para doentes covid”.
Deixo aqui uma pergunta sobre o “Arsenal do Alfeite” que referem.
Este “Arsenal do Alfeite” (ver http://www.arsenal-alfeite.pt) é o mesmo que o vosso “Arsenal do Alfeite”?
Melhores cumprimentos